Greve de rodoviários da Viação Real entra no 2º dia afetando 16 linhas de ônibus no RJ

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Greve de rodoviários da Real entra no 2º dia e afeta 16 linhas de ônibus

Segundo o Sindicato dos Rodoviários, os trabalhadores cruzaram os braços após o não pagamento de salários, vale-alimentação, FGTS e férias. Empresa diz não procede a informação de que a paralisação esteja relacionada a atraso no pagamento de remunerações ou benefícios.

A paralisação dos motoristas e funcionários da Viação Real, que começou na madrugada de segunda-feira (22), entrou no 2º dia nesta terça (23), afetando 16 linhas no Rio de Janeiro. A empresa opera trajetos no Centro, na Zona Sul e na Zona Sudoeste.

Segundo o Sindicato dos Rodoviários, os trabalhadores cruzaram os braços após o não pagamento de salários, vale-alimentação, FGTS e férias.

“Os trabalhadores estão irredutíveis e garantem que só retornam quando todos os seus direitos forem pagos. Estamos muito preocupados”, afirmou José Carlos Sacramento, vice-presidente do sindicato.

Até a noite de segunda, apenas 2 linhas da Viação Real — a 315 (Central-Recreio) e a 163 (Terminal Gentileza-Copacabana) — circulavam parcialmente, graças a um pool com outras empresas. As demais permaneciam paradas.

Em segundo dia de greve, passageiros esperam em longas filas na Central do Brasil — Foto: Reprodução/TV Globo

O presidente do sindicato, Sebastião José, destacou que os problemas vão além dos salários atrasados.

“Há não pagamento de férias desde outubro, verbas rescisórias, FGTS e INSS atrasados desde junho. Além disso, descontos feitos no contracheque para pensões e empréstimos consignados não estão sendo repassados para bancos e entidades financeiras”, disse.

Durante a manhã de segunda, funcionários da Viação Vila Isabel chegaram a ensaiar uma paralisação, mas desistiram após negociação. Com isso, linhas como 433 (Vila Isabel x Copacabana) e 548 (Metrô Botafogo-Terminal Alvorada) voltaram a circular parcialmente.

Enquanto o impasse continua, passageiros enfrentam dificuldades para chegar ao trabalho e a outros compromissos na cidade.

Para reduzir os impactos aos passageiros, a Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) orienta o uso de metrô, VLT e BRT como alternativas de deslocamento. Também foi solicitado reforço na operação de linhas municipais que atendem trajetos semelhantes aos das linhas paralisadas.

A SMTR informou ainda que algumas linhas (veja abaixo) tiveram reforço na operação para atender a demanda dos passageiros afetados:

107 (Central x Urca); 109 (Troncal 9 – Santo Cristo x São Conrado); 161 (Terminal Gentileza x Ipanema); 169 Terminal Gentileza x General Osório); 232 (Lins x Castelo); 409 (Saens Peña x Horto); 410 (Saens Peña x Gávea); 435 (Grajaú x Gávea); 552 (Integrada 2 – Terminal Alvorada x Rio Sul); 583 (Cosme Velho x Leblon); 584 (Cosme Velho x Leblon).

A Viação Real disse que não procede a informação de que a paralisação esteja relacionada a atraso no pagamento de salários ou benefícios. A empresa disse que todos os salários dos colaboradores ativos estão rigorosamente em dia, assim como as duas parcelas do 13º salário, já integralmente quitadas.

Por fim, a Real disse que o vale-alimentação também foi creditado, não havendo qualquer pendência nesse sentido.

Em nota, o Rio Ônibus disse que o Consórcio Intersul está empenhado em retomar a operação plena do transporte. Ainda de acordo com o comunicado, apesar de parte da frota já estar circulando, a atuação de piqueteiros tem dificultado a saída dos coletivos das garagens, impactando diretamente a normalização do serviço.

Por fim, o sindicato informou que o consórcio está em diálogo com a Secretaria Municipal de Transportes para viabilizar um plano emergencial de realocação das linhas e espera que a operação seja completamente retomada ainda hoje.

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