A parceria entre o São Paulo Futebol Clube e a concessionária Osten Group ganhou destaque após a revelação da íntegra da ligação telefônica de 44 minutos entre a intermediária Rita de Cassia Adriana Prado e os diretores do clube. Rita pressionou dirigentes para receber um veículo no contexto do acordo envolvendo a cessão de um camarote no Morumbi em troca de carros para uso profissional. A conversa expôs um possível esquema de exploração irregular do camarote do Estádio do Morumbi, levando ao afastamento de dirigentes e repercussões políticas no clube.
No áudio, Rita questiona o diretor Douglas Schwartzmann sobre a não recepção do carro, enquanto a concessionária Osten confirmou sua participação como intermediária. O contrato entre São Paulo e Osten previa a cessão de 12 veículos, além de outras contrapartidas de exposição de marca para a concessionária. A situação culminou no encerramento antecipado do acordo devido a resultados aquém do esperado pela empresa.
Douglas Schwartzmann, em diálogo vazado, negou influência na distribuição de veículos, afirmando ter se limitado a reuniões com a concessionária. O São Paulo esclareceu que o diretor apresentou a Osten ao clube, mas não recebeu um veículo diretamente. Além dos 12 carros previstos no contrato, um veículo adicional foi alugado para o técnico Hernán Crespo durante sua passagem no clube.
A Osten Group comunicou o encerramento do contrato em novembro, alegando não ter alcançado os resultados esperados em termos de exposição da marca. O São Paulo FC afirmou ter cumprido suas obrigações no acordo e que todos os termos foram atendidos. O escândalo envolvendo a pressão por carros de luxo evidenciou práticas obscuras no mundo do futebol e resultou em repercussões significativas para o clube paulista.