O Superior Tribunal de Justiça (STJ) absolveu o professor de educação física e comerciante Thiago Feijão, condenado há 10 anos por um latrocínio ocorrido em Bento Ribeiro, na Zona Norte do Rio. A Justiça reconheceu que a condenação e a prisão dele foram um erro. Thiago foi absolvido pelo STJ no mesmo dia do seu aniversário, trazendo um novo significado para a data: “Vai ser um Natal especial”, disse ele ao RJ2.
A história de Thiago Feijão é marcada por um erro de reconhecimento por foto que o levou a ser preso e condenado injustamente. Após ser denunciado pelo Ministério Público Federal, Thiago foi condenado a 28 anos de prisão, mesmo alegando sua inocência e afirmando que nunca esteve no local do crime. Após dois meses na prisão, Thiago viu sua vida mudar drasticamente e enfrentou momentos difíceis que só quem passou por isso pode compreender.
A polícia chegou a Thiago através de uma foto onde ele aparecia ao lado de um suspeito de participação no crime. Essa imagem foi apresentada a testemunhas, que o reconheceram como envolvido no assalto a um hortifrúti ocorrido há uma década. Com base nesse reconhecimento, Thiago foi condenado, mas ele sempre se manteve firme em sua inocência.
Após um longo processo, o STJ absolveu Thiago por unanimidade. O ministro relator destacou que a premissa que sustentou o reconhecimento não se confirmou, apontando para uma possível contaminação no processo de identificação. O advogado de Thiago criticou o sistema de segurança pública e justiça, apontando para um erro grave que resultou na prisão injusta de seu cliente.
Ronny Nunes, professor de Direito Penal, alerta para os riscos de procedimentos de reconhecimento baseados apenas em fotos. Ele defende mudanças na legislação para garantir a confiabilidade e a justiça nos processos de identificação de suspeitos. A absolvição de Thiago Feijão representa um renascimento para ele, após uma década de injustiça e sofrimento. A história de Thiago ressalta a importância da justiça e da investigação rigorosa para evitar erros que podem destruir vidas.




