O ex-presidente Jair Bolsonaro deixou a Superintendência da Polícia Federal em Brasília para ser submetido a uma cirurgia de hérnia inguinal no dia de Natal. O procedimento foi autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que atendeu ao pedido dos advogados de Bolsonaro. A cirurgia foi programada para ocorrer em um hospital particular, onde Bolsonaro foi conduzido em um comboio discreto providenciado pela Polícia Federal.
No despacho que autorizou a saída de Bolsonaro, o ministro Alexandre de Moraes destacou a necessidade de transporte e segurança discretos, com a chegada do ex-presidente na garagem do hospital. Apenas a esposa de Bolsonaro, Michelle, recebeu autorização para acompanhá-lo durante a internação. A perícia médica indicou a urgência da cirurgia devido aos sintomas apresentados por Bolsonaro, como dificuldade de sono e alimentação.
A hérnia inguinal é uma condição na qual parte do intestino ou outro tecido abdominal sai por um ponto fraco do músculo, sendo comum em homens e associada a esforço físico intenso. O tratamento mais eficaz é a cirurgia, que visa corrigir o músculo enfraquecido. Bolsonaro, de 70 anos, encontra-se detido na PF desde novembro, cumprindo pena por tentativa de golpe. O ex-presidente já foi submetido a cirurgias anteriores no Hospital DF Star, onde ficará internado para o procedimento.
A defesa solicitou também um bloqueio anestésico do nervo frênico, devido a soluços persistentes. Os advogados de Bolsonaro já tentaram obter prisão domiciliar, mas o pedido foi rejeitado por Moraes. O ex-presidente cancelou uma entrevista programada por motivos de saúde. A cirurgia de Bolsonaro visa corrigir a hérnia inguinal, garantindo sua recuperação e bem-estar.




