Técnico de enfermagem lamenta passar o Natal desempregado após cair no golpe do falso médico: ‘Triste e humilhado’
Sidnei Alves Monteiro, de 47 anos, contou ter enviado a lista de ramais telefônicos e alguns prontuários para um homem que fingia ser um profissional do hospital em Santos (SP). Ele lamenta que a demissão tenha ocorrido perto do feriado desta quinta-feira (25).
Sidnei Alves Monteiro, o técnico de enfermagem de 47 anos que foi demitido de um hospital em Santos, no litoral de São Paulo, após afirmar ter caído no golpe do falso médico, lamentou estar desempregado no feriado de Natal, comemorado nesta quinta-feira (25).
> “Me sinto triste e humilhado. Entendo que a empresa não é obrigada a ficar com os meus serviços, mas ter sido demitido perto do Natal e de maneira injusta, foi cruel. Minha filha de 7 anos perguntou se o Papai Noel viria trazer o presente de Natal já que eu não teria dinheiro”, contou Sidnei.
As imagens, obtidas pelo DE, mostram o momento em que o técnico enviou a lista de ramais telefônicos e alguns prontuários de pacientes para um homem que fingiu ser um profissional da unidade de saúde (veja ao decorrer da reportagem).
O Hospital Beneficência Portuguesa informou que o funcionário foi desligado após descumprir as normas internas, principalmente a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e as diretrizes institucionais de segurança da informação e do paciente (confira o posicionamento completo mais abaixo).
O técnico acredita que será difícil conseguir um novo emprego por ser negro e PCD devido à visão monocular. No entanto, ele espera reverter a demissão por justa causa na Justiça para voltar ao mercado de trabalho.
“Não houve prejuízo financeiro a ninguém, somente a mim e a minha família”, destacou Sidnei. “Sei que há muitos pais de família desempregados e que nessa data se sentem incapazes, mas tenho fé de logo conseguir me recolocar”, acrescentou ele.
Sidnei contou que o golpista entrou em contato por meio do ramal telefônico que os funcionários usam para se comunicar. O suspeito se apresentou com o nome real de um dos médicos do centro cirúrgico e tinha os nomes completos dos pacientes que estavam na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
“Prestes a desligar o ramal, devido ao tempo que estava perdendo, o golpista pediu meu celular e pediu que eu fotografasse os prontuários com os números destes, e assim fiz inocentemente”, disse Sidnei, destacando ter enviado apenas a capa dos documentos, onde não havia os telefones dos pacientes.
Segundo a Polícia Civil, nenhuma das supostas vítimas registrou boletim de ocorrência sobre a tentativa de golpe, e também não houve prejuízo. Uma das pacientes, porém, denunciou Sidnei ao hospital após identificar o golpe e ver o nome dele na foto do prontuário enviada pelo golpista.
De acordo com o DE, o ex-funcionário Sidnei Alves Monteiro foi desligado do Hospital Beneficência Portuguesa por descumprimento das normas internas, especialmente no que se refere à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e às diretrizes institucionais de segurança da informação e do paciente.




