Jair Bolsonaro passará por cirurgia de hérnia inguinal bilateral nesta quinta-feira: entenda o procedimento e as recomendações pós-operatórias

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O ex-presidente Jair Bolsonaro será submetido a uma cirurgia eletiva de hérnia inguinal bilateral nesta quinta-feira (25), estando internado desde quarta-feira (24). A autorização para o procedimento foi concedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, após uma avaliação médica da Polícia Federal indicar a necessidade de correção cirúrgica para impedir o agravamento da condição.

No que diz respeito à hérnia inguinal, é importante compreender que essa condição ocorre quando tecidos do interior do abdômen, como uma alça do intestino, escapam por uma área enfraquecida da parede abdominal, formando um abaulamento na região da virilha. Em casos de hérnia inguinal bilateral, esse deslocamento ocorre em ambos os lados da virilha.

Os sintomas incluem inchaço, dor ou desconforto, especialmente ao realizar esforço físico, tossir ou permanecer de pé por longos períodos. No entanto, em alguns casos, a hérnia pode ser assintomática. De acordo com especialistas, não há indicação de urgência ou emergência para a cirurgia, mesmo com a internação do paciente.

A correção da hérnia inguinal pode ser realizada por videolaparoscopia ou cirurgia aberta, dependendo da complexidade do caso e do histórico do paciente. Ambos os procedimentos visam recolocar o intestino no lugar correto e fortalecer a aponeurose, por meio do uso de uma tela de malha que evita novos deslocamentos do órgão.

É importante frisar que o histórico de cirurgias prévias pode influenciar no surgimento de hérnias, devido à formação de aderências e fibroses internas que tornam a região abdominal mais rígida e propensa a novas complicações. Após a cirurgia, recomenda-se aproximadamente uma semana de repouso relativo e cerca de 30 dias sem esforço físico ou levantamento de peso.

Em relação aos soluços persistentes relatados por Bolsonaro, a avaliação médica indicou a realização de um bloqueio do nervo frênico para interromper esses episódios. Esse procedimento é recomendado quando os soluços não respondem a tratamentos convencionais e causam impacto clínico relevante, sendo realizado com anestesia local e guiado por ultrassom.

Por fim, é fundamental destacar que não há uma relação direta entre a hérnia inguinal e os soluços persistentes, sendo que o soluço pode estar associado a questões como refluxo gastroesofágico e hérnia de hiato. Ambas as condições envolvem deslocamento de tecidos, porém ocorrem em regiões distintas do corpo e possuem causas e consequências específicas e diferentes.

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