Tainara Souza Santos, de 31 anos, que foi arrastada atropelada e arrastada por um homem por um quilômetro na Marginal Tietê, morreu na tarde desta quarta-feira, 24, após 25 dias internada. A mulher era mãe deixa dois filhos – uma menina, de 7 anos, e um menino, de 12 anos -, e era descrita por familiares como uma pessoa “trabalhadora”.
A morte foi confirmada pelo advogada e pela família da vítima. Tainara passou por uma nova cirurgia na última segunda-feira, 22, para uma nova amputação na região da coxa, necessário para reconstrução dos glúteos e também por um procedimento de traqueostomia para retirada do tubo respiratório.
Mãe e trabalhadora
Tainara era mãe de duas crianças e as criava sozinho desde o fim do relacionamento com o pai. Segundo o irmã da vítima, Luan Henrique, os filhos não ficaram sabendo do atropelamento e contou que a família estava “criando forças para contar”. Além disso, amigos contaram que a mulher era trabalhadora e que gostava de aproveitar a vida.
“Ela estava fazendo as coisinhas dela, estava planejando várias coisas, mas infelizmente veio essa tragédia. Ela é uma menina muito gente boa, mas o que aconteceu com ela vai ficar pro resto da vida dela”, lamentou a amiga Letícia Dias, ao Metrópoles.
Feminicídio
Crime ocorreu no último dia 29 de novembro. Tainara passou a madrugada em um forró no Bar do Tubarão, na Rua Tenente Amaro Felicíssimo, com um amiga e outro homem. A vítima foi atacada por volta das 6h, após deixar um bar no Parque Novo Mundo, na Zona Norte de São Paulo.
O suspeito do crime foi identificado como Douglas, um ex-ficante de Tainara. Segundo a amiga, o agressor as encontrou no bar e começou uma discussão com o rapaz que as acompanhava. “Ele chegou no forró e deu um soco no cara por ciúmes. Ela saiu, e o Douglas já estava esperando lá fora. Aí faz essa tragédia. Ele vai pagar por isso, ela não merecia”, contou uma amiga de Tainara, Letícia Conceição, à TV Globo.
Douglas entrou em um Volkswagen Golf preto e avançou o carro contra a vítima, que caiu e ficou presa sob o veículo. Tainara foi arrastada pela Avenida Morvan Dias de Figueiredo até a Rua Manguari, já na altura da Marginal Tietê. Testemunhas tentaram impedir que ela fosse arrastada, mas o motorista fugiu em alta velocidade.
O agressor foi detido no dia seguinte em um hotel em São Paulo. Douglas tentou reagir e acabou sendo baleado, sendo levado ao hospital para tratamento do ferimento da bala. Na viatura, o homem confessou que havia cometido o crime, mas que o objetivo era atropelar o rapaz que acompanhava Tainara e que, supostamente, havia o ameaçado. Inicialmente, o caso era tratado como tentativa de feminicídio.
Já Tainara ficou internada durante 25 dias, primeiro no Hospital Municipal Vereador José Stropolli, antes de ser transferida para o HC. Ela passou por três cirurgias neste período e chegou a ficar em coma induzido.
Ainda não há informações sobre horário e local de velório e enterro de Tainara.




