Goleiro Bruno vai para o semiaberto

O goleiro Bruno Fernandes das Dores de Souza, condenado a 20 anos e nove meses de prisão pelo assassinato da modelo Eliza Samudio, conseguiu progressão para o regime semiaberto. A decisão foi tomada no começo da noite de ontem pelo juiz Tarciso Moreira de Souza, da 1ª Vara Criminal de Execuções Penais da comarca de Varginha (MG), onde cumpre pena, informou o portal G1.
O portal teve acesso à decisão do juiz que considerou que Bruno “satisfaz as exigências subjetivas e objetivas para a concessão de progressão de regime ao semiaberto” e que “já cumpriu o lapso temporal necessário da pena imposta na regime fechado”.
No texto da decisão, o juiz afirma também que “a presunção é de que o reeducando já se encontra apto à reinserção à vida social, o que foi observado pelo atestado de conduta carcerária”.
Com a decisão, Bruno deve passar por audiência de instrução para que sejam estabelecidas as condições da progressão ao regime semiaberto. As autoridades locais também serão comunicadas para o cumprimento do alvará de soltura.
Em outubro de 2018, Bruno foi punido por uma falta grave após um encontro com duas mulheres e bebidas alcoólicas e usando o celular em um bar no horário em que deveria estar trabalhando.
Bruno foi condenado em 2010 pela morte de Eliza Samudio e por sequestro e cárcere privado do filho Bruninho. Ele cumpre pena desde abril de 2017 em Varginha.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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