Autor do crime pode ter pena aumentada no Caso Tainara

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A morte de Tainara Souza Santos, 31 anos, atropelada e arrastada por cerca de um quilômetro na zona norte de São Paulo em 29 de novembro, pode resultar no aumento da pena para o motorista do carro, Douglas Alves da Silva. Ele é réu por tentativa de feminicídio, mas agora deve responder por feminicídio consumado. Após 25 dias internada e diversas cirurgias, Tainara faleceu na noite de quarta-feira (24). Até o momento, o motorista estava sujeito a uma redução de um a dois terços da pena total, mas agora poderá receber até 40 anos de prisão. O Ministério Público irá aditar a denúncia para refletir a mudança no crime, incluindo o atestado de óbito da vítima.

De acordo com o delegado Luiz Gonçalves Dias Filho, Douglas teria tentado matar Tainara e um homem, por ciúmes, após uma briga. O homem escapou do atropelamento, mas ficou ferido. O advogado da família da vítima alega que Douglas e Tainara tiveram um breve relacionamento no passado. O motorista negou que o atropelamento tenha sido intencional, afirmando não conhecer as vítimas. Ele argumentou que não percebeu os avisos dos outros motoristas sobre Tainara e saiu com medo de ser agredido. A investigação policial é crucial para o caso, segundo o criminalista Fernando Castelo Branco, pois os depoimentos podem ajudar a diferenciar homicídio de feminicídio, considerando o motivo da morte ser a condição de mulher da vítima.

Na denúncia, o promotor Leonardo Sobreira Spina alega que Douglas agiu com recurso que dificultou a defesa das vítimas, vingando-se por acreditar em um relacionamento afetivo entre elas. Isso pode aumentar consideravelmente sua pena. Fábio Costa, advogado da família de Tainara, destaca a importância do depoimento dela no processo, para esclarecer detalhes sobre o relacionamento com Douglas. A falta desse depoimento torna ainda mais desafiador investigar o caso e entender o que realmente aconteceu.

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