Orçamento R$ 5,4 bi para Ribeirão Preto em 2026: foco em serviços e redução de dívidas

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Foco em serviços primários, recuo nas dívidas: o que esperar do orçamento de R$
5,4 bilhões para Ribeirão Preto em 2026
Maior cidade da região prevê a primeira queda da dívida consolidada desde 2022. Contenção de gastos não pode prejudicar serviço à população, analisa especialista.

O município da região, Ribeirão Preto (SP), apresenta um dos dez maiores orçamentos do estado de São Paulo, projetado em R$ 5,4 bilhões para 2026, com um aumento de 5,6% em relação a 2025 e uma realidade distinta observada em anos anteriores. Ainda com projetos estruturais, como intervenções viárias, a cidade deve priorizar, ao menos em 2025, o enxugamento das dívidas de longo prazo impulsionadas por investimentos relacionados à mobilidade urbana executados até então.

Por outro lado, promete não deixar de investir em serviços básicos como saúde, educação e assistência social.

Além disso, a elaboração do orçamento é marcada por um elemento político essencial: a projeção é a primeira com o perfil do atual prefeito Ricardo Silva (PSD), eleito em 2024, que até então executava o que estava previsto pelo antecessor. O QUE DESTACAR NO ORÇAMENTO 2026
– Aumento na arrecadação e nas receitas: A Prefeitura projeta uma receita de R$ 5,4 bilhões, 5,6% acima de 2025.
– Superávit fiscal: A relação entre despesas e receitas primárias é de um salto positivo de R$ 70 milhões, 25% acima de 2025. Além disso, o município vai ampliar de R$ 8 milhões para R$ 10 milhões a reserva de contingência.
– Redução nas dívidas: pela primeira vez desde 2022, a dívida fundada tem um recuo de 21% e deve chegar a R$ 1,3 bilhão.

A saúde receberá um orçamento previsto em R$ 1,08 bilhão em alta de 4,5%, sendo a pasta com maior destinação de recursos do município, representando 26,2% da arrecadação da administração direta. Além disso, haverá uma queda nas despesas de capital e uma alta nas despesas correntes, com destaque para os gastos com pessoal e encargos.
Desde que assumiu o cargo, Ricardo Silva tem salientado a necessidade de equilibrar as contas da Prefeitura, sobretudo por conta das dívidas de longo prazo herdadas. Muitas delas estão atreladas a financiamentos adquiridos para bancar projetos estruturais. Agora, com o orçamento de 2026, pela primeira vez nos últimos anos, a projeção desses débitos tem um recuo de 21%.

O especialista alerta que, ao enxugar os gastos, a Prefeitura precisa atentar para não reduzir sua capacidade de investimentos e de renovação urbana. Minoru também destaca que pesa nessas contas a projeção de receitas estipuladas para o próximo ano, que devem chegar a R$ 5,4 bilhões, com uma alta de 5,6% graças à expectativa de incremento de arrecadações de tributos. É importante levantar quais obras de grande porte seriam de fato relevantes para o futuro do município.

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