Fluxo de pacientes de outras cidades lota unidades de saúde em Senador Canedo

A procura por atendimento tem aumentado nas quatro unidades de Pronto Atendimento de Saúde em Senador Canedo. A maioria dos pacientes chega de municípios vizinhos e que fazem parte da região metropolitana de Goiânia. Na UPA 24 Horas, que fica na região Central nos últimos três dias mais que dobrou a demanda. No local em que há cerca de 400 a 500 atendimentos diários, nesta segunda-feira ultrapassou 1200.

São quatro locais que são “Portas Abertas”, onde os pacientes são recebidos sem necessidade de comprovante de endereço, os Pronto Socorro 24 Horas da Vila Galvão, da Vila São João, do Parque Alvorada ( que funciona provisoriamente no Jardim das Oliveiras) e a UPA 24 Horas. Mesmo com a triagem, os dados coletados são apenas para classificação de risco. “Não é negado nenhum procedimento ao paciente, o que fazemos é priorizar a consulta mais urgente para quem está com risco de vida”, afirma Kátia Pereira, diretora da UPA de Senador Canedo.

A UPA, que fica no Residencial Boa Vista, tem todos diariamente 3 clínicos gerais, 1 pediatra e 1 ortopedista. Possui laboratório de análises clínicas, RX digital, aparelho para exame de eletrocardiograma, além de enfermarias para internação e estrutura completa para pronto atendimento de urgência. O médico Victor Manoel afirma que há muitos pacientes de outros municípios, inclusive alguns que tem plano de saúde, em busca de rapidez, porém a grande demanda tem sido por casos eletivos. “Procuram uma UPA para um resfriado, e às vezes são os que reclamam de demora ou que interrompemos uma consulta para receber um paciente acidentado, por exemplo, isto superlota e causa apreensão”, ressalta o especialista.

Em Goiânia, muito dos pacientes que não recebem atendimento nas unidades de saúde devido o boicote dos médicos que discordam do novo contrato proposta pela Prefeitura da capital, procuram as cidades mais próximas para conseguir consultas.

Segundo a diretora da UPA Senador Canedo a maioria dos pacientes que vem de outras cidades são em busca de consultas de clínico geral, pediatria e ortopedia. “Boa parte destes são pacientes de consultórios, não precisam estar numa emergência, mas vemos agora é um número maior de ambulâncias do SAMU e Bombeiros de outros municípios vindo para nossa unidade”, explica Kátia Pereira.

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Policial Militar é indiciado por homicídio doloso após atirar em estudante de medicina

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que as câmeras corporais registraram a ocorrência. O autor do disparo e o segundo policial militar que participou da abordagem prestaram depoimento e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações. A investigação abrange toda a conduta dos agentes envolvidos, e as imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
 
O governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, lamentou a morte de Marco Aurélio por meio de rede social. “Essa não é a conduta que a polícia do Estado de São Paulo deve ter com nenhum cidadão, sob nenhuma circunstância. A Polícia Militar é uma instituição de quase 200 anos, e a polícia mais preparada do país, e está nas ruas para proteger. Abusos nunca vão ser tolerados e serão severamente punidos,” disse o governador.
 
O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva, avalia que há um retrocesso em todas as áreas da segurança pública no estado. Segundo ele, discursos de autoridades que validam uma polícia mais letal, o enfraquecimento dos organismos de controle interno da tropa e a descaracterização da política de câmeras corporais são alguns dos elementos que impactam negativamente a segurança no estado. O número de pessoas mortas por policiais militares em serviço aumentou 84,3% este ano, de janeiro a novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, subindo de 313 para 577 vítimas fatais, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) até 17 de novembro.
 
O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do MPSP faz o controle externo da atividade policial e divulga dados decorrentes de intervenção policial. As informações são repassadas diretamente pelas polícias civil e militar à promotoria, conforme determinações legais e resolução da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

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