Silvinei passa a noite na sede da PF em Foz do Iguaçu após ser preso no Paraguai e expulso do país.

O ex-diretor da PRF, Silvinei Vasques, foi detido em Assunção ao tentar embarcar para El Salvador com documentos falsos. Por esse motivo, ele passou a noite na sede da Polícia Federal em Foz do Iguaçu, no Paraná, antes de ser expulso do país e transferido para Brasília no sábado (27).

Condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a mais de 24 anos de prisão por participação em uma tentativa de golpe de Estado, Silvinei foi entregue às autoridades brasileiras na fronteira e agora aguarda transferência para a capital do país.

A prisão do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal ocorreu no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, de onde ele foi levado pela polícia paraguaia até Cidade do Leste com algemas e um capuz. Posteriormente, Silvinei foi entregue à Polícia Federal brasileira na aduana.

Silvinei Vasques foi condenado pelo STF a mais de 24 anos de prisão por participação em uma tentativa de golpe de Estado, envolvendo o monitoramento de autoridades e a tentativa de dificultar a votação de eleitores no Nordeste.

Ao tentar fugir do Brasil, Silvinei rompeu a tornozeleira eletrônica e foi detido no Paraguai, onde tentava embarcar para El Salvador com documentos falsos, utilizando a identidade de Julio Eduardo e apresentando uma declaração falsa sobre um câncer na cabeça que o impedia de falar.

O ministro do STF, Alexandre de Moraes, decretou a prisão preventiva de Silvinei Vasques, após análises e investigações da Polícia Federal confirmarem sua tentativa de fuga e violação das medidas cautelares impostas.

Durante a abordagem no Paraguai, o diretor de Migrações, Jorge Kronawetter, confirmou que Silvinei usou documentos falsos e não correspondeu à identidade apresentada. Frente a essa situação, o Ministério Público do Paraguai investigará se os documentos foram extraviados ou roubados.

A ação de Silvinei na tentativa de fugir para El Salvador resultou em sua expulsão do Paraguai por não cumprir a lei de migrações do país e por utilizar uma identidade incompatível. A investigação em andamento buscará esclarecer todas as circunstâncias envolvendo o ex-diretor da PRF e suas ações ilícitas.