A polícia prendeu um suspeito de tentar matar a ex-mulher atropelada e agredida em Realengo. Segundo a vítima, o relacionamento terminou há cerca de dois anos e seis meses, mas o homem não aceitava o fim da separação. A Polícia Civil investiga uma tentativa de feminicídio ocorrida no bairro de Realengo, na Zona Oeste do Rio. O suspeito, Jorge Augusto Santos de Oliveira, ex-marido da vítima, foi preso em flagrante na tarde deste sábado (27), em Bangu, também na Zona Oeste.
A vítima relatou que foi atacada pelo ex-companheiro, com quem foi casada e teve dois filhos. De acordo com o depoimento dela, o homem atropelou a vítima enquanto ela caminhava pela Rua José Correia, em seguida desceu do veículo e a agrediu com socos e chutes. Após as agressões físicas, o agressor arremessou um capacete contra a cabeça da mulher. A vítima começou a pedir socorro e foi ajudada por pessoas que passavam pela região, momento em que o agressor fugiu do local.
A mulher foi encaminhada ao Hospital Municipal Albert Schweitzer, onde recebeu tratamento médico. Ela precisou levar quatro pontos na cabeça e apresentava hematomas nas pernas, abdômen e boca. Imagens de câmeras de segurança da área registraram o ataque e mostram o momento em que o agressor entra no salão de beleza onde a vítima estava, comete as agressões e foge logo em seguida.
Mesmo após essa tentativa de feminicídio, a vítima afirmou que não foi a primeira vez que sofreu agressões do ex-marido. Ela já havia registrado ocorrências anteriores e possuía medidas protetivas de urgência. O suspeito, no entanto, teria descumprido as determinações judiciais e continuado a perseguir a vítima. Após o crime, ele ainda enviou uma mensagem com ameaças em visualização única para a mulher.
O ex-marido do agressor foi levado para a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Campo Grande, onde o caso está sendo investigado como tentativa de feminicídio. A violência contra a mulher é um problema grave e é importante entender o ciclo do relacionamento abusivo para prevenir casos trágicos como esse. Contar com o apoio de familiares, amigos e autoridades competentes pode ser fundamental para combater a violência doméstica e garantir a segurança das vítimas.




