Frigorífico que usou helicóptero para distribuir carne a moradores diz ter seguido ‘critérios de segurança’ após não conseguir organizar fila
Frigorífico DE afirmou em nota que houve uma situação de risco. ‘Nunca imaginei que iria passar por isso’, disse o proprietário.
Helicóptero de frigorífico distribui carne para moradores em Aparecida de Goiânia
O frigorífico de Goiânia, que repercutiu nas redes sociais após usar um helicóptero para jogar carne para moradores em Aparecida de Goiânia, afirmou que a decisão foi tomada “exclusivamente por critérios de segurança” após não conseguir organizar uma fila para entregar o alimento (leia a nota de posicionamento na íntegra ao final do texto).
> “Apesar dos esforços da equipe, infelizmente não houve colaboração por parte de alguns adultos, que não respeitaram a organização definida, gerando uma situação de risco”, diz trecho da nota do Frigorífico DE.
A empresa destacou que esse comportamento fez com que a decolagem do helicóptero fosse necessária e impossibilitou a permanência no local.
Ao DE, o empresário Leandro Batista da Nobrega relatou que teve a roupa rasgada e que a sua esposa foi machucada durante a ação solidária realizada na quarta-feira (24), véspera do Natal. “Já faço isso tem 11 anos. Nunca imaginei que iria passar por isso”, disse.
Uma imagem divulgada pelo frigorífico mostra o tumulto formado no local.
AÇÃO DIVIDIU OPINIÕES
A cena dos moradores correndo atrás do alimento dividiu opiniões nas redes sociais. Alguns internautas parabenizaram a iniciativa, enquanto outros afirmaram que a distribuição poderia ter sido realizada de outra forma.
“Parabéns! Bela iniciativa!!”, comentou um seguidor. “Pode até ter boas intenções, mas da forma como foi feito, foi uma humilhação para a população”, destacou uma mulher.
OUTRA POLÊMICA
O Frigorífico DE já foi alvo de uma outra polêmica. Em setembro deste ano, o Poder Judiciário determinou que o estabelecimento retirasse um cartaz que dizia “Petista aqui não é bem-vindo”.
Após a decisão, a empresa mudou a frase para “Ladrão aqui não é bem-vindo. Quem apoia ladrão também não”. Em outubro, a Justiça determinou novamente a retirada do cartaz, com multa diária de R$ 1 mil, e limite de R$ 100 mil, em caso de descumprimento.
O Ministério Público moveu uma ação contra o frigorífico após uma denúncia do deputado estadual Mauro Rubem (PT).
Na época, o proprietário disse que o estabelecimento nunca proibiu ninguém de entrar nas unidades por motivo político, de religião ou futebol e que “todos os clientes são muito bem tratados”. Segundo ele, o cartaz havia sido retirado antes da decisão judicial.
NOTA DO FRIGORÍFICO DE
Em relação ao ocorrido envolvendo o helicóptero, esclarecemos que a organização tentou, por diversas vezes, estabelecer uma fila exclusiva para as crianças, visando proporcionar uma experiência segura e ordenada.
Apesar dos esforços da equipe, infelizmente não houve colaboração por parte de alguns adultos, que não respeitaram a organização definida, gerando uma situação de risco.
Diante disso, e priorizando a segurança de todos os presentes, foi necessária a decolagem do helicóptero, impossibilitando sua permanência no local.
Reforçamos que a decisão foi tomada exclusivamente por critérios de segurança e responsabilidade.




