A prisão de Silvinei Vasques, ex-diretor da PRF (Polícia Rodoviária Federal), no aeroporto de Assunção, Paraguai, na sexta-feira (26), gerou constrangimento na direita bolsonarista, que preferiu silenciar diante do caso. Enviado de volta ao Brasil pelas autoridades paraguaias, o episódio ocorreu em meio aos esforços do entorno de Jair Bolsonaro para promover a pré-candidatura de Flávio Bolsonaro. A tentativa frustrada de fuga de Silvinei, após quebrar a tornozeleira eletrônica, prejudica o discurso de perseguição adotado pela direita no caso do 8 de janeiro. Sua busca por refúgio em El Salvador, país liderado por Nayib Bukele, sugere uma tentativa de se apresentar como perseguido político. Apesar de não possuir o mesmo histórico político de nomes como Alexandre Ramagem e Carla Zambelli, Silvinei adotou a mesma narrativa de vitimização. Enquanto entre os governistas a prisão do ex-diretor foi divulgada como uma vitória sobre os adversários, os aliados de Bolsonaro evitaram comentar o caso e deixaram o episódio constrangedor para a direita.




