Influenciador Ricardo Godoi morre após anestesia para tatuagem: Médico denunciado por homicídio culposo. Alerta sobre prática controversa.

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A notícia da morte do influenciador em 2025 após uma anestesia geral para fazer uma tatuagem gerou um alerta sobre uma prática controversa. Ricardo Godoi, com 46 anos na época, teve uma parada cardiorrespiratória durante o procedimento. O médico responsável pela anestesia foi denunciado por homicídio culposo, de acordo com o MPSC.

Ricardo Godoi, influenciador e empresário, faleceu em janeiro, aos 46 anos, após receber anestesia geral para fazer uma tatuagem nas costas em Itapema, no Litoral Norte de Santa Catarina. Reconhecido no segmento de carros de luxo, ele contava com mais de 200 mil seguidores nas redes sociais e era seguido por um público interessado em veículos customizados.

O caso resultou na abertura de uma investigação pela Polícia Civil, que indiciou o médico responsável pelo procedimento em maio. Posteriormente, após seis meses da morte, o Conselho Federal de Medicina (CFM) proibiu o uso de sedação, anestesia geral ou bloqueios anestésicos periféricos para a realização de tatuagens, uma medida controversa que já havia sido adotada por algumas celebridades.

A Polícia Civil afirmou que o médico que realizou a anestesia geral foi negligente por não solicitar “exames específicos que poderiam indicar riscos à realização da anestesia geral no paciente”. O laudo do corpo indicou que a vítima apresentava hipertrofia no coração. Acredita-se que, se esses exames tivessem sido feitos, informações suficientes teriam sido obtidas para evitar o procedimento que culminou na morte de Ricardo Godoi.

O empresário foi denunciado por homicídio culposo pelo Ministério Público de Santa Catarina. De acordo com o órgão, o profissional de 34 anos teria conhecido o paciente apenas no momento do procedimento, o que violaria as normas técnicas do Conselho Regional de Medicina (CRM/SC). A causa da morte de Ricardo Godoi foi parada cardiorrespiratória devido à hipertrofia no coração, confirmada pelo hospital e pelo exame pericial realizado após a morte.

Godoi, que era pai de quatro filhos, avô de uma neta, casado e proprietário de uma empresa de carros de luxo, teve seu corpo exumado um dia após o sepultamento devido à ausência do exame cadavérico realizado após o óbito no hospital. A família, que ficou sabendo da morte pelas redes sociais, não registrou nenhum incidente. A declaração de óbito ainda mencionou o uso de anabolizantes como fator contribuinte para a morte, apesar da família afirmar que Godoi não utilizava essas substâncias há meses e estava apto para o procedimento.

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Pedro Lobo