O banqueiro Daniel Vorcaro, investigado por fraudes financeiras, promovia jantares em uma mansão de R$ 36 milhões com autoridades, como Alexandre de Moraes e políticos do Centrão. Ele foi preso em novembro, acusado de crimes ligados ao Banco Master. Daniel Vorcaro, investigado pela Polícia Federal (PF) por crimes financeiros na gestão do Master, organizava jantares para autoridades e líderes partidários em uma mansão avaliada em R$ 36 milhões, localizada no Lago Sul, área nobre de Brasília. Segundo o jornal O Globo, em uma dessas noites, o ministro do STF Alexandre de Moraes foi um dos convidados. O jantar aconteceu enquanto um contrato de R$ 129 milhões entre o Master e o escritório de Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro, estava em vigor. Informações indicam que Moraes jantou com políticos influentes do Centrão, deputados, ex-ministros e o anfitrião. Ciro Nogueira (PP-PI) e Hugo Motta (Republicanos-PB) foram alguns dos visitantes. A mansão ocupa dois lotes em um condomínio no Lago Sul, com 1,7 mil metros quadrados de área construída e 4,3 mil metros quadrados de área privativa, com projeto assinado pelo Studio Hub em 2012. Terra procurou o gabinete de Moraes, mas não obteve retorno até o momento. Ciro Nogueira e Hugo Motta também foram contactados, e qualquer resposta será incluída na nota. O banqueiro Daniel Vorcaro foi preso em novembro durante a Operação Compliance Zero da PF, que investiga a emissão de títulos de crédito falsos. Ele passou 11 dias detido no Centro de Detenção Provisória 2 de Guarulhos antes de ter a prisão convertida em medidas cautelares. Vorcaro é acusado de estar envolvido em fraudes financeiras de R$ 12,2 bilhões, relacionadas à suposta venda de carteiras de crédito falsas ao BRB. O Master argumenta que agiu de boa fé no negócio, permitindo que o banco público trocasse as carteiras por outros ativos para evitar prejuízo. Em março, o BRB fez uma oferta de compra pelo Master, mas a transação foi vetada pelo Banco Central após intensa disputa. Em conjunto com a prisão de Vorcaro, o Banco Central decretou a liquidação extrajudicial do Master em novembro.
