A equipe médica do ex-presidente Jair Bolsonaro atualizou nesta segunda-feira (29) a situação de saúde do ex-mandatário. Segundo os profissionais de saúde, o estado de saúde de Bolsonaro é estável após passar por um segundo procedimento para tratar os soluços persistentes. O procedimento, conhecido como “bloqueio do nervo frênico”, foi realizado no lado esquerdo e durou cerca de uma hora. A previsão é que ele permaneça no hospital até o dia 1º de janeiro para realização de uma nova endoscopia digestiva alta.
No último sábado (27), o ex-presidente já havia passado pelo mesmo procedimento no lado direito do nervo. Os soluços persistentes, que não respondem aos medicamentos, levaram à decisão dos médicos de realizar o bloqueio do nervo frênico. A intervenção foi dividida em duas etapas devido ao risco de complicações respiratórias. O procedimento foi considerado adequado diante do quadro clínico de Bolsonaro.
Após uma crise intensa de soluços na sexta-feira, o ex-presidente foi submetido ao procedimento no sábado. O bloqueio do nervo frênico busca interromper temporariamente os sinais do nervo que controla o diafragma, auxiliando no tratamento dos soluços persistentes. A previsão de internação é de cinco a sete dias, com observação por mais 48 horas após o procedimento desta segunda-feira.
O procedimento cirúrgico não tem relação direta com a cirurgia de hérnia inguinal realizada anteriormente. A hérnia inguinal ocorre quando tecidos do abdômen escapam por um ponto enfraquecido da parede abdominal, formando um abaulamento na região da virilha. Embora em alguns casos seja assintomática, pode causar inchaço, dor e desconforto. O bloqueio do nervo frênico foi uma medida terapêutica diante dos soluços persistentes não responsivos aos tratamentos convencionais.
A equipe médica continuará acompanhando o ex-presidente Bolsonaro durante a internação, com fisioterapia para reabilitação, prevenção de trombose venosa e cuidados clínicos gerais. O bloqueio do nervo frênico é um procedimento indicado em casos específicos de soluços persistentes que causam impacto clínico significativo. Com a estabilização do quadro clínico, a alta hospitalar poderá ser concedida em breve, sem intercorrências.




