Custo por quilômetro do transporte público em Belo Horizonte deve ter uma leve queda em 2026, de acordo com projeção da Superintendência de Mobilidade (Sumob). No entanto, a tarifa cobrada dos usuários irá aumentar, assim como os repasses do poder público às empresas. O Diário do Estado divulgou que o valor do subsídio chegará a R$ 756,9 milhões no próximo ano.

Segundo informações da prefeitura publicadas no Diário Oficial do Município, o aumento do subsídio é justificado pelo aumento do número de viagens previstas para 2026. A quilometragem total está prevista para passar de 153,3 milhões para 157,9 milhões de quilômetros, representando um acréscimo de 3%.

Além do aumento das viagens, a prefeitura aponta que a gratuidade oferecida aos usuários aos domingos e feriados impacta na arrecadação tarifária, aumentando a necessidade de complementação com recursos públicos. O Diário do Estado questionou a prefeitura sobre a relação do reajuste da tarifa com essa gratuidade, mas não obteve resposta.

Com o aumento do custo anual do sistema convencional, a prefeitura estima que o custo passe de R$ 1,85 bilhão para R$ 1,90 bilhão. O valor total do subsídio deve alcançar R$ 756,9 milhões em 2026, um aumento de 7,4% em relação ao ano anterior.

Desse montante, a maior parte, R$ 736,8 milhões, será destinada ao sistema convencional, enquanto R$ 20 milhões serão destinados ao sistema suplementar. Em 2025, os valores foram de R$ 690,3 milhões e R$ 14,4 milhões, respectivamente.

A recomposição de custos operacionais, como salários, encargos e insumos, é apontada como um dos motivos para o aumento dos gastos das empresas. Mesmo com o reajuste da tarifa em 2026, de R$ 5,75 para R$ 6,25, a prefeitura justifica o crescimento do subsídio devido à perda de receita causada pelas gratuidades e ao aumento da produção de viagens.