Líder de organização criminosa preso em São Paulo é reconduzido para Goiânia

Caminhões e carretas recuperados na Operação Zayn III (Foto: Divulgação/PC)
Caminhões e carretas recuperados na Operação Zayn III (Foto: Divulgação/PC)

Alexandre Keller Guimarães Valarin, líder de uma organização criminosa especializada em roubos de cargas e caminhões, adulterações de sinais identificadores, falsificações de documentos e corrupção ativa, foi reconduzido para Goiânia. A Polícia Civil, por intermédio da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas (Decar), em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), após vinte e cinco dias de intensas campanas na cidade de São Paulo, deram cumprimento ao mandado de prisão preventiva, no dia 12 de setembro, contra o criminoso.

A Operação Zayn, na primeira fase deflagrada no dia 30 de agosto do ano passado, efetuou várias medidas cautelares, como cumprimento de mais de trinta mandados de prisões e mais de cinquenta buscas e apreensões. Alexandre Keller conseguiu fugir e desde então morava na Bolívia, de onde ainda coordenava os negócios do grupo.

Na segunda fase da operação, o advogado da organização criminosa também foi preso, e os bens adquiridos com as ações criminosas apreendidos, haja vista pedido de perdimento dos mesmos feito ao Poder Judiciário.

Keller, além de chefe da organização criminosa em São Paulo, juntamente com Pedro Joaquim Batista em Goiás, Adão Noel Mazeto em Mato Grosso e Calisto Abdala Neto, também era responsável pela função de contador na região de Rio Branco para uma outra organização criminosa nacionalmente conhecida.

A operação terminou com mais de cinquenta caminhões e carretas recuperados, mais de trinta roubos de cargas elucidados, quatro empresas de transportes fechadas e 39 pessoas presas, além de substancial montante em dinheiro apreendido.

Vídeo mostra o momento em que Alexandre foi levado do sistema prisional de São Paulo, onde ficou recolhido até ser recambiado. (Vídeo: Divulgação/PC)

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Polícia desmantela esquema nacional de golpes bancários

Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagra a Operação Falsa Central, uma ação coordenada pelo Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes (Gref), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic). Foram cumpridos 95 mandados judiciais em todo o país — 58 de busca e apreensão e 37 de prisão —, além do bloqueio de 438 contas bancárias ligadas ao grupo.

A operação, nesta quinta-feira (21/11), que contou com apoio das polícias civis de São Paulo, Pernambuco, Pará, Piauí e Ceará, teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada no golpe da falsa central bancária. O esquema causou prejuízos de aproximadamente R$ 200 mil a 27 vítimas identificadas apenas em Goiás.

O delegado William Bretz, chefe do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (Deic), conta que a Operação terá desdobramentos.

“A partir da análise do número 0800 usado no golpe, os investigadores descobriram outras 449 linhas vinculadas ao grupo, sugerindo um esquema de alcance nacional. Embora a primeira fase da operação tenha focado nas vítimas goianas, há indícios de centenas de outras vítimas em diferentes estados, que serão o alvo das próximas etapas”, disse.

Os envolvidos responderão por crimes como fraude eletrônica, furto mediante fraude, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas combinadas podem chegar a 29 anos de prisão. As investigações continuam sob responsabilidade do Gref/Deic de Goiás.

Alerta à população:

A Polícia Civil orienta que a população desconfie de mensagens ou ligações suspeitas sobre compras não reconhecidas e que jamais realize transações ou forneça dados pessoais sem antes confirmar diretamente com seu banco.

Em casos suspeitos, a recomendação é registrar um boletim de ocorrência imediatamente.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp