Jeito diferenciado de fazer política

Seria ingenuidade imaginar o Estado de Goiás uma ilha de políticos 100% diferenciados do resto do País, em termos de práticas políticas. Aqui como lá certamente há quem pensa que a forma correta de se fazer política é essa que vem sendo revelada nos propinodutos, Caixa2 e tantos outros instrumentos escusos, pela força tarefa da Operação Lava-Jato. Mas há também pessoas no meio político que definitivamente possuem estilo diferenciado, que fazem a política do bem servir e nunca para se servirem dela.

Um exemplo desses é o deputado Helio de Souza (PSDB), foto, que presidiu a Assembléia Legislativa nos últimos dois anos, no exercício desse seu quarto mandato. Helio foi também prefeito de Goianésia por dois mandatos.

Se quisesse, o deputado Helio de Souza poderia ter aproveitado o tempo em que esteve na chefia do Poder, para se promover, com campanhas publicitárias tentando, quem sabe, alavancar algum projeto majoritário em nível majoritário, para as próximas eleições, ou quem sabe, se preparar para uma eleição de deputado federal. Mas não, nada disso lhe interessou. Ele garante que o seu projeto para 2018 é disputar novo mandato de deputado estadual.

Mais!, o deputado Helio de Souza, recém-filiado no PSDB, afirmou que nunca lhe passou pela cabeça a ideia de pedir ao governador para ser indicado conselheiro nos tribunais de contas (TCM ou TCE), até que a idade limite pra ser indicado passou. Uma raridade pois deve ser muito difícil encontrar algum deputado que não cultiva o desejo de ser conselheiro de contas.

Médico ginecologista há anos dedicado apenas à atividade política, Helio de Souza recusou também o convite para ser vice da Assembléia na atual gestão. Foi eleito para a 1ª Secretaria, posto do qual também abriu mão posteriormente, para ficar livre para trabalhar em comissões, segundo ele.

O ponto de principal destaque de sua gestão com presidente do Legislativo nos últimos dois anos, conforme apontou, foi a implantação dos atos de transparência na Casa, a começar pela implantação da TV aberta, já funcionando em fase experimental, para transmitir a programação da Casa.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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