A pesquisa realizada pelo Instituto Tendências Consultoria Integrada, publicada pelo jornal O Globo, mostra que 12 Estados brasileiros mais o Distrito Federal retrocederam ao PIB que tinham em 2010, em razão da recessão provocada pela crise econômica nacional nos últimos dois anos.
As principais quedas foram registradas nos quatro Estados da região sudeste (São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais), no Rio Grande do Sul e Paraná, no Amazonas, no Rio Grande do Norte, em Pernambuco, em Alagoas, em Sergipe e na Bahia, além do Distrito Federal.
Goiás e os Estados do Consórcio Brasil Central, com exceção do DF, estão de fora desse grupo, pois sofreram menos impacto em relação ao recuo de seus PIBs. O Consórcio, presidido pelo governador Marconi Perillo, reúne os Estados de Goiás, Mato Grosso, Tocantins, Rondônia, Distrito Federal e Maranhão (que participa como membro associado).
A pesquisa mostra a variação desse recuo em cada um dos Estados nos anos de 2015 e 2016. Goiás está entre os que apresentaram menor índice de variação entre 2015 e 2016: -1%. O Espírito Santo está entre os que apontam maior índice na variação de queda no PIB: – 8,1%.
O instituto observou os dados relativos a cada Estado sobre o PIB total, o PIB do agronegócio, a produção industrial e as vendas no comércio. Com relação a Goiás, a previsão é de que em 2017 o Estado apresente índices maiores que o País no PIB total (0,9% diante de 0,7%), no agronegócio (5,7% ante 3,1%), e nas vendas no comércio (0,4% ante 0,3%).
Os números positivos em relação ao país são resultado do ajuste fiscal praticado em Goiás desde o final de 2014, quando o governador Marconi Perillo anteviu a crise econômica nacional que se aproximava e enxugou a máquina administrativa com a extinção de seis secretarias e redução de mais de cinco mil cargos comissionados.
Neste ano, por meio do Programa de Austeridade pelo Crescimento do Estado de Goiás, o governo estadual reduziu mais 1.300 cargos em comissão. O programa prevê, ainda, aumento da contribuição previdenciária do servidor público estadual do Executivo e demais poderes; criação do Fundo de Estabilização Fiscal (FEF), com alíquota única e uniforme de 15%, e proibição para os novos programas de Regularização Fiscal por 10 anos, a contar de 1.º de janeiro de 2017.
O estudo da Tendências também traz as projeções do PIB para as cinco regiões em 2017. A região Centro-Oeste ocupa o terceiro lugar, com estimativa de 1,4%. Em primeiro e em segundo lugar estão as regiões Norte e Nordeste, respectivamente, com 2,9% e 2%. Em quarto lugar, a Região Sudeste, 0,5%, e em quinto a Região Sul, com 0,4%.