UEG de Pirenópolis será pioneira em estudos da cerveja

A Universidade Estadual de Goiás (UEG), campus Pirenópolis, está finalizando o convênio com o professor Marcelo Scavone, da Escola da Cerveja, que auxiliará na capacitação de seu corpo técnico necessário para iniciar as atividades do Núcleo de Estudos da Cerveja. A informação foi repassada pelo coordenador do curso de Gastronomia, Vanderlei de Alcântara.

A parceria com o professor da Escola da Cerveja vai permitir que o corpo docente da Universidade receba a capacitação necessária para reproduzir aos alunos e à comunidade, em um segundo momento, os conhecimentos específicos sobre produção cervejeira artesanal. “Esse ano iniciaremos as atividades no Núcleo”, calcula o coordenador.

A UEG de Pirenópolis incluiu o oferecimento do curso de Gastronomia em sua grade desde 2006. Anualmente, ela oferta 40 vagas na modalidade tecnólogo, levando três anos para sua conclusão. Conforme explica a diretora do campus, Nadja Náira de Sousa e Alcântara, com a instalação do Núcleo de Estudos da Cerveja, a universidade pública passa a ser uma das primeiras do País a oferecer essa formação específica aos seus alunos. “O curso de Gastronomia de outras instituições oferece a formação teórica em Bebidas, onde é abordada a questão da cerveja. Mas dessa forma como estamos organizando aqui nunca tinha visto antes”, declara Nadja.

Assim que iniciar sua atividade, o Núcleo da Cerveja vai permitir aos alunos de Gastronomia que se dediquem à produção artesanal da cerveja e ao processamento de insumos resultantes como o bagaço de malte, que pode ser utilizado na produção de pães e outras iguarias. O curso será oferecido como matéria optativa e, futuramente, será transformado em curso de extensão, levando seus conhecimentos para a sociedade.

Instalação do Núcleo
A instalação do Núcleo de Estudos da Cerveja foi possível graças à parceria firmada entre a universidade e a iniciativa privada, por meio do Festival Piri Bier. Ainda na sua primeira edição, o Piri Bier fomentou a disseminação da cultura cervejeira artesanal na cidade de Pirenópolis, elaborando a Carta de Pirenópolis, onde se propunha a formação de um polo cervejeiro artesanal local. Desde então, o idealizador do Festival, Ricardo Trick, buscou por meio de parcerias a doação de equipamentos necessários para munir a universidade com aparato necessário para produção da bebida. A doação de equipamentos foi feita pela indústria Mec Bier ao Piri Bier, que optou por destiná-los à Universidade Estadual de Goiás. A universidade adaptou local apropriado e complementou com o restante de equipamentos e insumos necessários para a produção da cerveja.

“Desde a primeira edição do Festival, nossa proposta foi a de fomentar o desenvolvimento da produção artesanal da cerveja. E essa parceria com a UEG vai permitir que os alunos de Gastronomia saiam da universidade sendo verdadeiros experts na produção cervejeira, contribuindo para enriquecer o cenário nacional de produção artesanal da bebida”, analisa Ricardo.

A parceria foi tão produtiva que na edição deste ano do Piri Bier, marcada para os dias 20 a 23 de abril, a UEG vai dispor de um estande no evento, onde serão realizadas brassagens coletivas da bebida. “Vamos levar para dentro do Festival a produção da bebida”, comemora Nadja.

Fonte: Goiás Agora

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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