São Paulo registra duas chacinas em uma noite

Duas chacinas deixaram ao menos dez pessoas mortas na capital paulista na noite desta terça-feira (4). Os crimes ocorreram na zona Sul e na zona Norte e estão sendo investigados pela Polícia Civil de São Paulo. Ninguém foi preso.

De acordo com a Polícia Civil , três pessoas foram assassinadas no Campo Limpo, por volta da meia-noite. Uma quarta pessoa ficou ferida por disparos e está no Hospital do Campo Limpo.

As três vítimas fatais, que tinham 19 e 20 anos, chegaram a ser levadas ao mesmo hospital, mas não resistiram aos ferimentos. Segundo as investigações, nenhuma das pessoas baleadas tinha passagem pela polícia.

O crime, que ocorreu na Rua Professora Nina Stocco, na região do Jardim Catanduva, foi cometido por duas pessoas que estavam em uma motocicleta.

Em dois ataques, a dupla atirou contra outras duas motocicletas, que também levavam duas pessoas cada. No primeiro ataque, as duas vítimas morreram, no segundo, uma pessoa sobreviveu.

Os criminosos conseguiram fugir antes da chegada dos policiais na região.

Menos de uma hora depois, no outro extremo da cidade, na zona Norte, sete pessoas morreram em mais uma chacina. Segundo relatos dados à polícia, dois homens também em uma motocicleta atiraram em direção a um grupo de pessoas que estava em um bar, na Rua Antônio Sérgio de Matos, no Jaçanã.

Apesar da base da Polícia Militar que existe na região, esses criminosos também fugiram antes da chegada dos policiais.

Seis vítimas morreram no local e um ferido, que foi socorrido, não resistiu e morreu no hospital. Das vítimas, que tinham idade entre 35 e 46 anos, apenas um tinha passagem pela polícia por tráfico e porte de drogas. Outras duas pessoas estão feridas e foram levadas a hospitais da região.

A polícia investiga se há relação entre os crimes.

DE

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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