Espanha estatiza hospitais privados para garantir atendimento contra o coronavírus

 O que há alguns dias era uma indicação, virou obrigação para os 47 milhões de espanhóis. Está proibida a circulação de pessoas em toda a Espanha, exceto para ir ao trabalho, comprar alimentos ou remédios, ir a hospitais, aos bancos ou cuidar de idosos e menores. A recomendação é que, quem pode fazê-lo, trabalhe à distância de suas casas.

Não será possível visitar um amigo ou tomar um café, por exemplo, e as pessoas não poderão sair acompanhadas. Só é permitido o passeio com cachorros de forma rápida. Supermercados ou lojas de alimentos, padarias, lavanderias, óticas e postos de gasolina são os únicos estabelecimentos que podem funcionar, mas obedecendo aos protocolos da distância higiênica.

Inicialmente, os cabeleireiros poderiam abrir para atender pessoas com necessidades especiais, mas finalmente o governo corrigiu o decreto e estabeleceu que só é permitido o serviço a domicílio.

Essas medidas entraram em vigor no sábado (14) e vão ter uma duração, em princípio, de 15 dias, embora possam ser prorrogadas por mais duas semanas, com a aprovação do Congresso.

Comportamento dos espanhóis

Os espanhóis estão obedecendo o confinamento decretado pelo governo e praticamente todas as ruas do país estão vazias. Algumas exceções foram protagonizadas por madrilenhos que fugiram da cidade para se instalar em suas casas de praia ou por turistas, vindos principalmente do Reino Unido. Eles resistiam a aceitar o fim das férias e tiveram que ser expulsos das ruas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp