PF em Goiás anuncia indicativo de greve contra a reforma da previdência

O Sindicato dos Policiais Federais em Goiás (SINPEF/GO) decretou, na manhã de hoje (05), indicativo de greve da categoria, em virtude da reforma da previdência. Os policiais federais em Goiânia, Anápolis e Jataí podem paralisar as atividades caso a reforma siga no Congresso Nacional sem negociação com os trabalhadores.

“A reforma não está sendo negociada pelo governo, mas sim imposta”, alega o presidente do SINPE, José Francisco da Silva Junior. A decisão, anunciada após assembleia da categoria, foi discutida entre os profissionais de segurança pública, coordenados pela Federação Nacional dos Policiais Federais (FENAPEF).

Por enquanto, segundo o sindicato, a categoria continuará funcionando normalmente no Estado. Apesar disso, conforme o presidente do SINPEF, “se não houver negociação, a expectativa é que a polícia federal entre em greve nos próximos dias”. A categoria pontua que, a partir de decisão em assembleia com os 27 sindicatos ligados ao FENAPEF, se posiciona contra a reforma previdenciária como um todo, apesar da possibilidade de uma emenda para beneficiar os policiais.

Os trabalhadores da categoria possuem a chamada ‘aposentadoria policial’, prevista em constituição em razão da atividade de risco. Com a reforma, o Governo quer retirar a atividade de risco da aposentadoria policial, que aumentaria o tempo de contribuição. “Essa reforma na previdência estabelece uma aposentadoria fictícia, porque a idade mínima de 65 anos na prática não vai existir”, denuncia o presidente do SINPEF.

No calendário de atividades de mobilização, está prevista a manifestação dos trabalhadores da segurança pública em todo o Brasil, que acontece 18 de abril. Além disso, no dia 28 de abril uma paralisação nacional de todos os trabalhadores também está programada. Ambas as manifestações acontecem em Brasília.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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