O Sindicato dos Policiais Federais em Goiás (SINPEF/GO) decretou, na manhã de hoje (05), indicativo de greve da categoria, em virtude da reforma da previdência. Os policiais federais em Goiânia, Anápolis e Jataí podem paralisar as atividades caso a reforma siga no Congresso Nacional sem negociação com os trabalhadores.
“A reforma não está sendo negociada pelo governo, mas sim imposta”, alega o presidente do SINPE, José Francisco da Silva Junior. A decisão, anunciada após assembleia da categoria, foi discutida entre os profissionais de segurança pública, coordenados pela Federação Nacional dos Policiais Federais (FENAPEF).
Por enquanto, segundo o sindicato, a categoria continuará funcionando normalmente no Estado. Apesar disso, conforme o presidente do SINPEF, “se não houver negociação, a expectativa é que a polícia federal entre em greve nos próximos dias”. A categoria pontua que, a partir de decisão em assembleia com os 27 sindicatos ligados ao FENAPEF, se posiciona contra a reforma previdenciária como um todo, apesar da possibilidade de uma emenda para beneficiar os policiais.
Os trabalhadores da categoria possuem a chamada ‘aposentadoria policial’, prevista em constituição em razão da atividade de risco. Com a reforma, o Governo quer retirar a atividade de risco da aposentadoria policial, que aumentaria o tempo de contribuição. “Essa reforma na previdência estabelece uma aposentadoria fictícia, porque a idade mínima de 65 anos na prática não vai existir”, denuncia o presidente do SINPEF.
No calendário de atividades de mobilização, está prevista a manifestação dos trabalhadores da segurança pública em todo o Brasil, que acontece 18 de abril. Além disso, no dia 28 de abril uma paralisação nacional de todos os trabalhadores também está programada. Ambas as manifestações acontecem em Brasília.