MEC divulga nesta quinta (6) nova versão da base curricular para escolas

Ministério da Educação vai divulgar, nesta quinta-feira (6), a terceira versão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o primeiro documento do Brasil que vai servir como base obrigatória para a elaboração dos currículos de todas as escolas, tanto públicas quanto privadas. De acordo com o MEC, o documento deve ser apresentado ao público a partir das 11h desta quinta, durante um evento em Brasília.

O texto a ser apresentado se refere apenas aos anos escolares do ensino infantil e do fundamental: o MEC diz que pretende finalizar a terceira versão da Base do ensino médio no segundo semestre.

Entenda

A Base Nacional Comum Curricular, ou BNCC, não é em si um currículo obrigatório para todas as escolas, mas sim um documento que contém os objetivos de aprendizagem esperados para todos os estudantes em cada ano escolar.

Isso quer dizer que é a partir desse documento que as 190 mil escolas brasileiras (públicas e privadas) vão definir os seus próprios currículos – isso sim será obrigatório. Essa é a primeira vez que o Brasil vai ter um documento nacional contendo objetivos educacionais padronizados para todo o país.

O processo de elaboração da Base começou em meados de 2015 e passou por três fases: a primeira versão foi elaborada em conjunto por 116 especialistas de 35 universidades e lançada em setembro de 2015. Durante quase seis meses, esse documento preliminar recebeu mais de 12 milhões de sugestões em uma consulta pública online. A segunda versão foi elaborada a partir dessas colaborações e foi divulgada em maio de 2016.

Entre junho e agosto, ela foi debatida em seminários em todos os estados brasileiros. A partir de relatórios desses seminários, a elaboração da terceira e última versão ficou nas mãos de um comitê gestor presidido pela secretária-executiva do MEC, Maria Helena Guimarães Castro, com membros de secretarias do MEC e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O próximo passo é a discussão da Base no Conselho Nacional de Educação (CNE). Depois de aprovado pelos conselheiros, ela segue para a homologação do ministro.

Desde a primeira versão, a Base foi envolvida em diversas questões polêmicas, como críticas ao currículo de história, que deixou de fora alguns conteúdos para privilegiar temas relacionados ao Brasil e à África. A questão foi resolvida na segunda versão. Porém, essa também sofreu críticas: o relatório feito após os seminários estaduais apontou a falta de objetividade dos textos, entre outros problemas.

A Base também é criticada pela falta de participação dos professores na sua elaboração, já que serão eles os responsáveis por tirar do papel os itens do documento. Além disso, o governo está quase um ano atrasado na entrega da BNCC, que, segundo o Plano Nacional do Educação, já deveria estar homolagada desde junho de 2016.

Em setembro do ano passado, o atraso piorou com a MP do ensino médio: o MEC anunciou que dividiria a Base em duas. A Base do ensino infantil e fundamental continuou em seu processo de elaboração até o MEC anunciar seu lançamento nesta quinta. Já a do ensino médio ficou parada durante meses, até que o Congresso discutisse e votasse a medida provisória.

Com informações do G1

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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