Repasses de ICMS às prefeituras goianas caem 33,69% em abril

Os municípios goianos já começam a sentir os efeitos econômicos da Covid 19. A previsão de queda na arrecadação de impostos federais e estaduais e, com a consequente redução dos repasses às prefeituras, está se concretizando. Essa semana está sendo feito o último repasse de ICMS às prefeituras num montante de R$ 38.025.489,25milhões. Com isso é possível de se fechar o balanço do mês de abril quando os 246 municípios receberam R$ 200.156.590,37 milhões. Em abril do ano passado o repasse foi de R$ 300.844.066,39 milhões. Isso representa uma queda de 33,69% nos repasses aos municípios nesse mês de abril em comparação ao mesmo mês de 2019. Esse ano, comparando 2020 com 2019, no mês de janeiro houve um crescimento de 5% de ICMS, queda de 0,02% em fevereiro e crescimento de 32,60% em março.

Queda também nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) que tem como base de arrecadação o IPI e o Imposto de Renda. Nesse caso a prorrogação do prazo para a entrega das declarações pelos contribuintes é um dos fatores. Ao compararmos 2020 com 2019 no mês de janeiro o FPM teve uma queda de 8,96%, crescimento de 19,76% em fevereiro, queda de 2,04% em março e continuou com a tendência de queda em abril atingindo a 7,89%.

“A situação é altamente preocupante pois as receitas estão caindo e as despesas continuam. Por isso estamos alertando e orientando a todos os prefeitos (as) para que atentem para o problema. Hoje já é considerado grave e pode piorar ainda mais. O risco de ocorrer o descontrole das finanças municipais é muito grande”, afirma Paulo Sérgio de Rezende (Paulinho), presidente da Associação Goiana de Municípios (AGM). A entidade vem fazendo o alerta aos gestores com frequência e acaba de veicular um vídeo nas redes sociais com essa finalidade.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp