Lula ameaça Moro: Sem a toga, ele não é ninguém e vai aprender isso agora,

O ex-presidente Lula, em entrevista concedida ao jornalista Leonardo Sakamoto nesta quarta-feira (29), diz que o ex-ministro Sergio Moro é “cínico e mentiroso”. “Quero ver agora como ele vai agir sem a proteção da toga, no olho a olho com o povo na rua, afinal, ele não tem trabalho prestado à sociedade”, diz Lula, projetando uma possível candidatura à presidência do ex-juiz.

Lula considera que Moro “se fosse honesto, deveria ter dito que sempre cuidamos do Ministério Público bem, que garantimos autonomia dos procuradores, ou que em nenhum momento tentamos travar investigações”, citando a entrevista coletiva que Moro concedeu na última sexta, ao pedir demissão.

Na ocasião, Moro relembrou a autonomia da Polícia Federal nas gestões do PT.

“Ele [Moro] deveria ter assumido também que é um mentiroso e que inventou a minha sentença”, acrescenta.

Lula diz ainda que “Moro, juiz medíocre, é uma criatura inventada pela Globo”. “Ele visitou todas as redações para dizer que precisava de apoio da imprensa, quando a imprensa apoia fica muito mais fácil condenar”.

Questionado se irá participar do pleito eleitoral de 2022, Lula ressalta: “Para ser candidato eu teria que ter 100% de saúde, fazer dez discursos por dia, eu não posso ser candidato e ficar um velhinho no palácio, já cumpri a minha cota. Espero que o PT e  O Brasil não precisem de mim”.

“E se fosse em uma disputa com Moro, seria apenas em um primeiro turno, Moro não passaria para o segundo turno”, conclui.

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Irmãos Menendez: Nova audiência pode levar à libertação após décadas de controvérsia

Após mais de três décadas desde que Lyle e Erik Menendez foram condenados pelos assassinatos de seus pais e sentenciados à prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional, os irmãos agora veem um caminho para sua possível libertação. Uma nova audiência foi agendada em Los Angeles para discutir revisões nas sentenças dos irmãos, com foco em novas alegações de abuso familiar.
O promotor público de Los Angeles, George Gascón, anunciou recentemente que recomendará a um juiz a reavaliação das sentenças dos irmãos. Essa decisão segue uma revisão do caso iniciada após os advogados de defesa apresentarem novas evidências em 2023, incluindo alegações de abuso sexual por parte de seu pai, Jose Menendez.
 
“Eu nunca desculparei assassinato, e esses foram assassinatos brutais e premeditados,” disse Gascón à CNN. “Eles foram apropriadamente sentenciados na época em que foram julgados. Pegaram prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional. Só acho que, dado o estado atual da lei e dada nossa avaliação de seu comportamento na prisão, eles merecem a oportunidade de serem reavaliados e talvez reintegrados à comunidade.”
 
Lyle e Erik Menendez, que tinham 21 e 18 anos na época dos assassinatos, foram presos menos de um ano depois, em 1990, e condenados por homicídio de primeiro grau em 1996. Durante os julgamentos, os irmãos admitiram ter matado seus pais, mas argumentaram que agiram em legítima defesa após sofrerem uma vida inteira de abuso físico e sexual.
 
O primeiro julgamento, um dos primeiros casos a ser televisionado, terminou anulado após os jurados chegarem a um impasse nas acusações. No segundo julgamento, muitas das evidências da defesa sobre abuso sexual foram excluídas, e os irmãos foram considerados culpados.
 
Vários fatores influenciaram a decisão de Gascón, incluindo declarações de membros da família que confirmaram o ambiente disfuncional e abusivo do lar dos Menendez. Uma declaração juramentada do ex-membro da boy band Menudo, Roy Rosselló, alegou que Jose Menendez o agrediu sexualmente na década de 1980. Além disso, uma carta escrita por Erik Menendez a um primo meses antes dos assassinatos faz alusão ao abuso que ele sofreu.
 
A audiência sobre o assunto pode ser realizada em 30 a 45 dias, quando um juiz do Tribunal Superior de Los Angeles decidirá se os irmãos serão novamente sentenciados. Embora Gascón acredite que os irmãos já cumpriram tempo suficiente atrás das grades, a possibilidade de libertação ainda é incerta.

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