Ascensão de Temer foi “golpe”, diz padre Jesus, na Difusora

Em seu comentário matinal de ontem, na Rede Pai Eterno de rádio, o padre – e jornalista – Jesus Flores considerou, no quadro Café Livre, apresentado por Sueli Ramos e Laerte Júnior, que o presidente Michel Temer ascendeu-se ao cargo por força de um “golpe” – referência ao Impeachment que afastou do cargo a presidente Dilma Rousseff (PT) e empossou Temer, em 31 de agosto, na condição de vice.

O comentário foi feito logo após a apresentação da notícia do jantar para alguns integrantes da bancada do PMDB no Senado, na casa da senadora do partido, Kátia Abreu (TO), na noite de terça para quarta-feira. Dentre os participantes da reunião jantar, destaque para líder da bancada no Senado, Renan Calheiros (AL). Durante o jantar alguns comensais fizeram críticas ao projeto de reforma da Previdência e até colocaram dúvidas a aprovação do projeto.

O comentário do padre Jesus entrou ao vivo na programação logo em seguida, como é feito diariamente, com um tom crítico ao projeto da reforma. E foi nesse ponto, então, que padre Jesus Flores questionou a necessidade e o momento para se promover essa reforma, que prejudica e retira direitos dos trabalhadores.

Os aliados e defensores e aliados da ex-presidente Dilma Rousseff sempre classificaram o processo que culminou com o seu Impeachment de “golpe”, sob a alegação de ausência dos pressupostos descritos na Constituição Federal, para justificar o Impeachment. O argumento sempre foi contestado pelos defensores do afastamento. Com o surgimento de uma opinião de peso como a do padre Jesus Flores, pela força do seu prestígio pessoal como religioso e jornalista, a tese de “golpe” no afastamento da ex-presidente Dilma ganha um reforço de grande relevância.

O padre Jesus Flores comenta na programação da Rádio Difusora há mais de 30 anos e sempre com enfoque na defesa dos interesses dos trabalhadores de um modo geral, sobretudo das camadas mais humildes da população. Os seus comentários alcançam sempre muita repercussão na sociedade goiana.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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