O secretário de saúde de Aparecida de Goiânia e presidente do Comitê Municipal de Prevenção e Enfrentamento ao Covid-19, Alessandro Magalhães, conversou com a redação do jornal Diário do Estado, ele comentou como tem sido o trabalho feito no município e as previsões futuras no combate à doença.
Nos últimos dias percebeu-se no combate ao Covid-19, que a maioria dos infectados no estado de Goiás são funcionários que trabalham na saúde. Já são 56 casos confirmados de profissionais contaminados, desses, 13 são de Aparecida de Goiânia, segundo o secretário do município é necessário entregar o equipamento e reforçar a capacitação e utilização do mesmo, “não adianta só entregar o equipamento. Outro ponto que temos batido muito, é testar os profissionais da saúde, para que não haja disseminação da doença, entre eles e com os pacientes. É muito importante que dentro do cuidado que estamos tomando nesse combate, estejam todos orientados e preparados. A grande maioria desses funcionários de aparecida se contaminaram fora do município, e isso é grave”, se preocupa Alessandro.
Segundo o secretário, Aparecida de Goiânia possui números abaixo do esperado, mas mesmo assim não diminuíram os cuidados no combate ao Covid-19: “Aparecida de Goiânia possui 3 unidades de Pronto Atendimento (UPA) atendendo quem está com sintomas, são eles: coriza, febre, tosse e falta de ar. Quem não tem os sintomas, estamos atendendo através da central de atendimento (0800-646-1590)”, explica.
Atualmente o município de Aparecida de Goiânia conta com 30 leitos de UTI e 70 de enfermaria específicos para o combate ao Covid-19. A prefeitura comprou 13 leitos da iniciativa privada, “hoje fechamos o contrato de mais 20 ventiladores, para mais 20 leitos de UTI. Aparecida apresenta números para estar preparada ao pior cenário possível da doença. Hoje temos segurança que se for para atender a população de Aparecida, temos leitos suficientes”, explica Alessandro.
Questionado sobre a importância de cada município possuir um hospital de campanha para o combate a doença, o secretário se diz contrário: “Na prática um hospital de campanha é caro e não existe mão de obra em qualquer lugar. Esse tipo de hospital é para ser montado em um cenário de guerra. Se você tem estrutura montada que consegue atender a demanda, é mais viável e mais seguro, até porque a rotina hospitalar já está preparada. E eu falo de tudo que a envolve: lavanderias, rotina médica, todas essas nuances devem ser pensadas.”
O secretário enfatiza que nos próximos dias qualquer tipo de paralisação vai ser pensada com cautela, inicialmente estão aguardando o decreto do governador para fazer uma análise. Segundo ele existe um comitê que discute o enfrentamento, e após analisar todo o cenário e olhar a realidade do município vão debater o caminho mais seguro, desde que seja baseado na ciência.