Relator da PEC dos gastos se reúne com sindicatos em Goiás

O relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Teto de Gastos Estadual, deputado estadual Gustavo Sebba (PSDB), recebeu hoje (06) as centrais sindicais que representam servidores públicos para discutir pontos de divergência sobre a proposta. O deputado deve concluir seu parecer até a próxima terça-feira (11/4), após reunião com o Governador Marconi Perillo.

Conforme o relator, o Governo e sua equipe técnica têm disposição para alterar o projeto, mas descarta retirá-lo de pauta. “A gente já viu que alguns pontos colocados pelos servidores e por parte da equipe econômica não há objeção”, conclui Sebba. Segundo o relator, de três pontos discutidos com os servidores, dois possuem grande probabilidade de atendimento.

Os trabalhadores pedem a redução do tempo da PEC (estipulado em 20 anos), manutenção do quinquênio e a garantia do pagamento de data-base. Após o encontro, o deputado levará as reivindicações dos sindicatos ao Governador do Estado. “Tenho plena convicção que vamos avançar em alguns dos requisitos que nos foram apontados”, declara o congressista.

Apesar disso, a presidente do Sindicato dos trabalhadores do Sistema Único de Saúde em Goiás (Sindsaúde-go), Flaviana Alves, afirmou que a equipe do relator não atendeu os quesitos pedidos e que deseja que as centrais sindicais possam dialogar diretamente com o Governador. “Para nós, não saiu nenhuma resposta positiva do que a gente pediu”, alega a líder.

Até a conclusão do relatório da PEC, os sindicatos prometem continuar pressionando o Governo. “Nós vamos fazer nosso papel de pressão, dentro das mídias sociais, na presença física na Casa Legislativa, na Assembleia”, anuncia a representante do Sindsaúde.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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