PC conclui investigação de feminicídio em Aparecida de Goiânia

O Grupo de Investigação de Homicídios da Polícia Civil (GIH) de Aparecida de Goiânia apresentou, na manhã de ontem (07), a conclusão da investigação do feminicídio de Cristina Alves de Cristo Rezende, de 43 anos. Segundo informou a polícia, o autor do crime foi o ex-marido, Klayton José de Rezende, 45 anos. Eles foram casados por 23 anos, e haviam se separado há aproximadamente três meses, mas continuavam morando na mesma residência.

O crime ocorreu em 28 de janeiro deste ano, no Jardim Belo Horizonte, na região sudeste de Aparecida de Goiânia. De acordo com informações da polícia, na noite do crime, o autor fez a ingestão de bebida alcoólica, e iniciou uma discussão com a vítima.

O estopim para a prática do crime foi quando Klayton perguntou para Cristiane se ela tinha “outro homem”, e a vítima deixou a entender que sim. “A resposta positiva acarretou em um ataque de fúria de Klayton, que matou a ex-esposa com golpes profundos de faca na garganta, chegando a quase decapitá-la”, declarou o delegado Rodrigo Pereira, responsável pelo caso.

Segundo as apurações da perícia, após cometer o crime, o autor, que é servidor público na secretaria Municipal do Meio Ambiente de Aparecida de Goiânia, lavou o banheiro e o corpo da vítima, deixou a faca utilizada no feminicídio em cima do vaso sanitário, trancou o portão e foi para o trabalho. O corpo de Cristiane foi encontrado pela filha do casal, de 15 anos.

Klayton Rezende foi preso em flagrante, sendo indiciado por homicídio qualificado e poderá pegar de 12 a 30 anos de prisão.

INDÍCIOS
O delegado Rodrigo Pereira observou, ainda, que, durante as investigações, os indícios apontavam para Klayton, porque não havia sinais de arrombamento da casa. Nada também havia sido levado da residência. Além disso, na investigação científica, os trabalhos com luminol, reagente químico usado em perícias criminais, indicaram que nas roupas e nas botas do autor havia vestígios de sangue da vítima.

Outro ponto que chamou a atenção da polícia foi a frieza que o autor demonstrou na prática do crime. Apesar disso, o delegado acredita que não foi premeditado. “Ele demonstrou muita frieza, mas, assim que foi preso em flagrante, confessou o crime”, afirmou.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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