Ex-prefeito de Vianópolis e mais quatro são denunciados pelo MP

O ex-prefeito de Vianópolis, Sílvio Pereira da Silva, foi denunciado por dois promotores do Ministério Público por um esquema ilegal de dispensa de licitação para a compra de ovos de Páscoa realizado em 2011, ano no qual ele estava à frente da prefeitura. A ex-secretária de Saúde, Fernanda Fernandes Rocha, e seu marido, o ex-vereador Edmilson da Silva; o ex-secretário de Finanças, Leandro dos Santos Silva, e a empresária Cristina Carrijo Matos também estariam envolvidos no caso.

Segundo a denúncia, entre abril e maio de 2011, o prefeito realizou a compra dos ovos sem qualquer procedimento licitatório, sendo que Fernanda e Edmilson foram os beneficiados ao serem contratados para fornecerem os ovos de Páscoa caseiros. O casal recebeu R$ 2.918,20 pelo contrato.

Ao tentar realizar o pagamento, o prefeito e o secretário de finanças, Leandro, perceberam que estariam enfrentando um entrave burocrático já que os beneficiários ocupavam cargos públicos. Portanto, Edmilson procurou Cristina, dona de uma loja de chocolates, para que ela utilizasse o seu CPF para emitir uma nota fiscal junto a prefeitura sobre a venda dos ovos.

Então, Cristina se dirigiu até a prefeitura para retirar o cheque assinado pelo prefeito e pelo secretário de finanças. Na própria prefeitura ela repassou o cheque para Edmilson. O ex-prefeito, a ex-secretária e o ex-vereador foram denunciados criminalmente pela dispensa de licitação, e pelos crimes de falsidade ideológica e falsificação de documentos públicos. O ex-secretário de Finanças e a empresária responderão à falsidade ideológica e à falsificação de documentos.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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