Motorista diz que indígena que desceu do ônibus em Morrinhos está mentindo

Na tarde de ontem (07), um indígena da tribo Xavante, de 28 anos, procurou um posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) afirmando que foi abandonado próximo ao km 619 da BR-153, no trevo de acesso a Morrinhos. Segundo ele, o motorista do ônibus no qual ele viajava, com destino à Goiânia, parou o veículo no meio da rodovia, pediu a passagem, afirmou que ela era falsa e o obrigou a se retirar.

A PRF procurou pelo ônibus e o motorista, mas pelo horário das buscas ele já teria chegado ao destino final. Porém, por volta das 19h de ontem a corporação conseguiu contato com o motorista, que retornou ao posto policial. Ele alegou que assumiu a condução do veículo em Uberlândia, cidade onde reside, às 3h20 da manhã de ontem e às 06h foi realizada a parada para o lanche, em um posto de combustível localizado às margens da BR 153, em Goiatuba.

Ao final dessa parada, às 06h30, todos os passageiros embarcaram quando o motorista teria sido procurado pelo indígena que, segundo ele, pediu para descer do ônibus. O motorista teria solicitado a presença de algumas testemunhas, para que se resguardasse. Mas logo depois, o índio teria desistido do pedido, retornou ao ônibus e seguiu viagem para Goiânia.

De acordo com o motorista, após percorrer aproximadamente 5 km o indígena começou a se debater e a incomodar diversos passageiros e ao aproximar-se de Morrinhos, ele começou a implorar para descer. O condutor teria pedido para que ele aguardasse, pois o deixaria no posto da PRF, entretanto, como o indígena estava em uma forte discussão com outro passageiro, ele optou por parar o ônibus no trevo de acesso a Morrinhos, quando o passageiro desceu, pegou um objeto o lançou no ônibus, sem causar danos.

O motorista deve se apresentar hoje na Delegacia da Polícia Civil de Morrinhos, que cuida das investigações do caso, para prestar depoimento.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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