Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) as taxas de ocupação dos leitos de UTI de leitos para adultos, da Covid-19, alcançaram 80% de ocupações, sendo que dos 145 leitos, 117 estão ocupados. Outra informação apurada pela redação do Diário do Estado, é que diariamente o Laboratório Central de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (LACEN), faz em média 400 testes de Covid-19 por dia, desses, 70% são confirmados positivos para a doença.
Com base nos dados que apresentam o cenário da pandemia no estado, a médica, presidente do Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (SIMEGO), Dra. Franscine Leão, avalia uma necessidade de Lockdown (confinamento e isolamento total entre as pessoas). “Acreditamos que esse é o momento para um lockdown no estado, além da falta de leitos, vemos como os pacientes estão cada vez menos assistidos nas unidades de saúde. Já sabemos de pacientes que estão sendo extubados, eles são retirados dos respiradores, para dar esse respirador para outro paciente mais grave, isso é muito sério, é sinal que o sistema esgotou”, alerta Dra. Franscine.
A médica alerta que quanto mais o paciente fica entubado, ou até mesmo dentro dos hospitais, o risco de infecção é maior, expondo até mesmo os profissionais da saúde. Segundo ela a ideia é que o paciente só fique na unidade de saúde o tempo necessário de ir para um leito de UTI, “sem leitos, significa que estamos na fase mais crítica”.
Para dra. Franscine, já estamos vivendo um colapso da saúde, ela ressalta que a única arma que temos nesse momento é o isolamento social. “Para piorar a situação, nossas drogas sedativas estão acabando, vai chegar o momento que o paciente vai precisar ser induzido ao coma e não vai haver medicamento para sedá-lo e fazer a entubação. Já recebemos o boletim que não teremos mais a drogas necessárias para esse momento. A sociedade precisa ser alertada”, informa.
Nota resposta:
Em relação à falta de medicamentos e a possibilidade do lockdown, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) ainda não se manifestou. Segundo a assessoria da instituição ainda não é possível que um porta voz se pronuncie sobre o assunto.
Acompanhe entrevista completa:
https://www.youtube.com/watch?v=PAJOPtoHdSg