10 melhores cidades brasileiras para morar

Desde 1993, a Organização das Nações Unidas (ONU) analisa a qualidade de vida em todos os países utilizando critérios que compõem o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), elencando as nações em um ranking. O IDH pode ser definido como uma métrica que se baseia nos indicadores de longevidade (expectativa de vida), renda (PIB per capita) e educação (taxa de matrícula e alfabetização).

A medição tem uma variação de 0 até 1. Os locais com índice acima de 0,800 são considerados acima da média. Já os com pontuação de 0,500 a 0,799 são medianos. E os que somam igual ou menos que 0,499 estão com o índice baixo. O Brasil possui um IDH de 0,699, estando na 73ª posição no ranking mundial. Já a Noruega é o primeiro País da lista, com IDH de 0,944.

No entanto, em relação às cidades, o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) é elaborado em conjunto pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), órgão da ONU, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Fundação João Pinheiro. Trata-se de um cálculo que segue as mesmas três dimensões do IDH Global, mas adequa a metodologia ao contexto brasileiro e à disponibilidade de indicadores nacionais. Embora meçam os mesmos fenômenos, as taxas incorporadas ao IDHM são mais pertinentes a análises municipais. A seguir, confira quais são as 10 melhores cidades para morar, de acordo com o levantamento.

 

10. Curitiba – Paraná

Curitiba é uma das 10 cidades mais sustentáveis do mundo, sendo chamada de “capital ecológica brasileira” e “capital modelo”, tendo uma área verde de 64,5 metros quadrados (m²) por habitante.

Além disso, tem o ar brasileiro de melhor qualidade e já ganhou inúmeras premiações neste sentido. Pesquisa da OMS divulgada pela Prefeitura Municipal de Curitiba revela que a capital paranaense se destaca ao lado de Belo Horizonte e da região do Pontal do Paranapanema (São Paulo), com a taxa de poluição atmosférica abaixo da média de 20 microgramas por metro cúbico (m3).

Renda: R$ 1.581,04 (0,850)
Longevidade: 76,3 anos (0,855)
Educação: 0,768
IDHM Final: 0,823

 

9. Brasília – Distrito Federal

Além de carregar um grande legado político, Brasília tem um papel importante na história do País, já que foi a primeira cidade brasileira a ser completamente planejada. O município carrega o nome de Juscelino Kubitschek em sua fundação e possui inúmeros projetos de arquitetura assinados por Oscar Niemeyer.

Além disso, Brasília é primeira colocada do País no ranking de qualidade de vida 2019 da Mercer e se mantém no topo há anos: a capital federal repetiu os feitos de 2017, 2016, 2015 e 2012. Em segundo lugar vem o Rio de Janeiro e, em terceiro, está São Paulo. A pesquisa realizada pela Mercer, uma companhia global voltada aos recursos humanos, leva em consideração a qualidade de vida dos moradores em 450 cidades de várias partes do mundo.

Renda: R$ 1.715,11 (0,863)
Longevidade: 77,35 anos (0,873)
Educação: 0,742
IDHM Final: 0,824

8. Joaçaba – Santa Catarina

Joaçaba é a terceira cidade de Santa Catarina do ranking e possui um importante centro industrial e comercial que a transforma em polo econômico e político do meio-oeste do Estado.

Ela também é referência na educação, sendo uma das cidades com índice zero de analfabetismo, além de destaque em itens como o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). Ainda nesse setor, a cidade é sede da Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC), uma das principais faculdades comunitárias do sul do País.

Renda: R$ 1.338,50 (0,823)
Longevidade: 78,44 anos (0,891)
Educação: 0,771
IDHM Final: 0,827

 

7. Niterói – Rio de Janeiro

Motivo de orgulho para todos niteroienses, o Museu de Arte Contemporânea (MAC), uma das principais obras de Oscar Niemeyer, situada em Niterói (Rio de Janeiro), está entre as 10 construções mais influentes dos últimos 50 anos, de acordo com Instituto de Gerenciamento de Projetos (PMI), organização americana com sede na Pensilvânia e divulgado pela Prefeitura de Niterói. A lista internacional selecionou os mais inspiradores e impactantes projetos de arquitetura do mundo.

Além disso, o município do Rio foi eleito o mais inteligente do Estado, segundo Connected Smart Cities. A avaliação de desempenho das cidades leva em consideração mais de 70 pontos definidos em 11 eixos: mobilidade; urbanismo; meio ambiente; energia; tecnologia e inovação; saúde; educação; economia; segurança; empreendedorismo; e governança.

Renda: R$ 2.000,29 (0,887)
Longevidade: 76,23 anos (0,854)
Educação: 0,773
IDHM Final: 0,837

6. Santos – São Paulo

Santos é o maior município do litoral de São Paulo e conta com o maior porto da América Latina, que movimenta mais da metade do PIB do País. Além disso, possui uma das maiores orlas do Brasil, com mais de 7 quilômetros (km) de extensão e, de acordo com o Guinness Book, o jardim frontal de praia com o maior comprimento do planeta, com 5.335 metros de comprimento e largura entre 45 e 50 metros, um total de 218.800 mil metros quadrados (m²).

Apesar de todas as qualidades, o custo de hospedagem na região é tido como mais em conta, o que faz com que a cidade seja mais procurada para esse fim, mesmo por quem pretende visitar os municípios vizinhos, como por exemplo, o Guarujá.

Renda: R$ 1.693,65 (0,861)
Longevidade: 76,13 anos (0,852)
Educação: 0,807
IDHM Final: 0,840

5. Vitória – Espírito Santo

Vitória, capital do Espírito Santo, conserva boa parte do seu patrimônio arquitetônico e cultural, além da qualidade de suas praias. O que impulsiona a economia da cidade são os sete portos distribuídos pelo litoral, que possui 417 km de extensão. Ainda, 97,9% das crianças entre 5 e 6 anos estão na escola e 99% das residências têm luz elétrica, coleta de lixo e água encanada.

Renda: R$ 1.866,58 (0,876)
Longevidade: 76,28 anos (0,855)
Educação: 0,805
IDHM Final: 0,845

4. Balneário Camboriú – Santa Catarina

Balneário Camboriú fica no litoral sul do Brasil e tem cerca de 44 km² e 138 mil habitantes. Devido ao turismo e à construção civil foi apelidada como “Dubai brasileira”, em alusão à cidade dos Emirados Árabes que é famosa por seus prédios modernos e altos.

É um município constantemente frequentado por chilenos, uruguaios, paraguaios e argentinos e, em altas temporadas, pode receber até 4 milhões de pessoas. Além disso, é uma das áreas mais seguras do País e é frequente que seus moradores acima de 18 anos tenham ao menos concluído o ensino fundamental.

Renda: 0,854 (R$ 1.625,59)
Longevidade: 78,62 anos (0,894)
Educação: 0,789
IDHM Final: 0,845

3. Florianópolis – Santa Catarina

A capital do estado de Santa Catarina, Florianópolis, é conhecida como um dos mais importantes pontos turísticos brasileiro. Tendo cerca de 462 mil habitantes e 440 km², conta com uma extensa rede de hotelaria, além de beach clubs, lojas e restaurantes.

Ademais, o setor de serviços e tecnologia da informação também está em alta no município, o que tornou a cidade um dos locais mais propensos para o empreendedorismo no Brasil. Segundo dados da Associação Catarinense de Tecnologia (Acate), a região movimenta atualmente mais de 16 mil empreendedores.

Renda: R$ 1.798,12 (0,870)
Longevidade: 77,35 anos (0,873)
Educação: 0,800
IDHM Final: 0,847

2. Águas de São Pedro – São Paulo

Localizada no Estado de São Paulo, Águas de São Pedro é uma pequena cidade de apenas 3,2 km² e 3.100 mil habitantes, a 182 km da capital. O município é detentor do melhor indicador de educação do Brasil e de uma das expectativas de vida mais altas. Além do mais, é uma fundamental estância hidromineral e tem como sua principal fonte de renda o turismo.

Renda: R$ 1.580,72 (0,849)
Longevidade: 78,37 anos (0,890)
Educação: 0,825
IDHM Final: 0,854

1. São Caetano do Sul – São Paulo

Por fim, o município de São Caetano do Sul também está situado no Estado de São Paulo, no ABC paulista, e ocupa a primeira posição nesse ranking. Com 157 mil habitantes e 15 km², tem 100 mil veículos circulando. É também o município com o 48º maior Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.

Renda: R$ 2.043,74 (0,891)
Longevidade: 78,2 anos (0,887)
Educação: 0,811
IDHM Final: 0,862

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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