Após denúncia, operação apura qualidade de combustível de aviação fornecido em Goiás

Uma operação foi realizada na manhã deste sábado (11) para apurar a qualidade do combustível de aviação fornecido em Goiás. A ação no estado foi motivada após a denúncia do dono de um bimotor, que registrou uma ocorrência alegando que o combustível provocou corrosão no tanque de seu avião.

A ação é realizada pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon), Agência Nacional do Petróleo (ANP) e Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). São realizadas diligências em Goiânia, mas os detalhes não foram divulgados.

De acordo com a Polícia Civil, após a queda de um avião na última quarta-feira (8), na região do Aeroporto Campo de Marte, levantou questionamentos sobre a qualidade do combustível de aviação usado no país. Depois que o piloto registrou ocorrência, a corporação decidiu começar as investigações em campo.

Em nota, a Polícia Civil de Goiás informou que “Em virtude das análises preliminares e diligências necessárias”, os detalhes serão repassados somente na segunda-feira (13).

Já a ANP informou ainda que a ação visa verificar a qualidade do combustível e revelou que “estão sendo recolhidas amostras para exames”.

Corrosão no tanque

 

A ação em Goiás foi motivada após ocorrência registrada na Decon pelo empresário Vinícius Toledo, na quinta-feira (9), de que o tanque de seu bimotor, prefixo PP-EVE, ficou apresentou corrosão após abastecer em Goiânia.

Ele conta que os tanques do avião passaram por revisão mecânica recentemente e não apresentaram qualquer tipo de problema.

Toledo disse que a bordo do avião estavam piloto, copiloto e dois passageiros com o intuito de buscar medicamentos para abastecer sua empresa de distribuição de medicamentos durante a pandemia.

No boletim de ocorrência, ele ressalta que teve um prejuízo de R$ 100 mil par a troca do tanque avariado, sem contar o custo com alojamento. Ele também precisou desembolsar R$ 50 mil para locar outro avião e seguir a viagem, além do “risco de vida que todos correram”.

O empresário disse que teve notícias de outros problemas envolvendo a mesma distribuidora de combustível, material que foi anexado aos autos.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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