Os 100 parlamentares mais influentes do Brasil em 2020

Os “Cabeças” do Congresso Nacional são, na definição do DIAP, aqueles parlamentares que conseguem se diferenciar dos demais pelo exercício de todas ou algumas das qualidades e habilidades aqui descritas. Entre os atributos que caracterizam um protagonista do processo legislativo, destacamos a capacidade de conduzir debates, negociações, votações, articulações e formulações, seja pelo saber, senso de oportunidade, eficiência na leitura da realidade, que é dinâmica, e, principalmente, facilidade para conceber ideias, constituir posições, elaborar propostas e projetá-las para o centro do debate, liderando sua repercussão e tomada de decisão. Enfim, é o parlamentar que, isoladamente ou em conjunto com outras forças, é capaz de criar seu papel e o contexto para desempenhá-lo.

Neste ano de 2020, a identificação dos parlamentares mais influentes foi dificultada por dois episódios, ambos decorrentes da Pandemia, que levou ao isolamento social. O primeiro foi a adoção do sistema remoto de deliberação, que dificulta identificar os parlamentares mais presentes nas articulações e negociações, já que estas ficam praticamente restrita aos líderes e relatores nesse período. O segundo foi a não instalação das comissões permanentes da Câmara, instância importante de poder, que ajudava a identificar quem tinha prestígio para ser indicado por suas bancadas para presidir um colegiado temático. Isto, entretanto, não impediu que se chegasse aos parlamentares mais influentes do ano em curso.

A pesquisa inclui apenas os parlamentares que estavam no efetivo exercício do mandato no período de avaliação, correspondente ao período de fevereiro a junho de 2020. Assim, quem esteve ou está licenciado do mandato, mesmo influente, não faz parte da publicação. Por isto, não constam entre os 100 mais influentes de 2020 os deputados nomeados ministros no governo Jair Bolsonaro, como Onyx Lorenzoni (DEM-RS), ministro da Cidadania; e Tereza Cristina (DEM-MS), ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Entre os 100 parlamentares que comandam o processo decisório no Congresso, 70 são deputados e 30 são senadores.

Além dos “100 Cabeças”, desde a 7ª edição da série, o DIAP divulga levantamento incluindo na publicação um anexo com outros parlamentares que, mesmo não fazendo parte do grupo dos 100 mais influentes, estão em plena ascensão, podendo, mantida a trajetória ascendente, estar futuramente na elite parlamentar. Pode-se dizer que estão entre os 150 mais influentes.

A publicação completa dos “Cabeças” do Congresso Nacional 2020 estará dispível em breve.

100 “Cabeças” do Congresso Nacional 2020 

Deputado Aécio Neves (PSDB-MG)
Deputado Afonso Florence (PT-BA)
Deputado Afonso Motta (PDT-RS)
Deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB)
Deputado Alceu Moreira (MDB-RS)
Deputado Alessandro Molon (PSB-RJ)
Deputado Alexandre Padilha (PT-SP)
Deputada Alice Portugal (PCdoB-BA)
Deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS)
Deputado André Ferreira (PSC-PE)
Deputado André Figueiredo (PDT-CE)
Senador Antonio Anastasia (PSD-MG)
Deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP)
Deputado Arnaldo Jardim (CIDADANIA-SP)
Deputado Arthur Lira (PP-AL)
Deputado Baleia Rossi (MDB-SP)
Deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP)
Deputado Carlos Zarattini (PT-SP)
Deputada Carmem Zanotto (CIDADANIA-SC)
Senador Cid Gomes (PDT-CE)
Senador Ciro Nogueira (PP-PI)
Deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA)
Deputado Daniel Coelho (CIDADANIA-PE)
Senadora Daniella Ribeiro (PP-PB)
Deputado Danilo Cabral (PSB-PE)
Senador Davi Alcolumbre (DEM-AP)
Deputado Paulo Ganine (NOVO-RJ)
Deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP)
Senador Eduardo Braga (MDB-AM)
Senador Eduardo Gomes (MDB-TO)
Deputado Efraim Filho (DEM-PB)
Deputado Enio Verri (PT-PR)
Deputada Erika Kokay (PT-DF)
Senador Espiridião Amin (PP-SC)
Deputado Fábio Trad (PSD-MS)
Deputado Felipe Francischini (PSL-PR)
Senador Wellington Fagundes (PL-MT)
Senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE)
Deputado Pedro Lucas Fernandes (PTB-MA)
Senador Flávio Bolsonaro (REPUBLICANOS-RJ)
Deputado Glauber Braga (PSOL-RJ)
Deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR)
Deputado Gustavo Fruet (PDT-PR)
Deputado Henrique Fontana (PT-RS)
Deputado Zé Silva (SOLIDARIEDADE-MG)
Senador Humberto Costa (PT-PE)
Deputado Ivan Valente (PSOL-SP)
Deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ)
Senador Jaques Wagner (PT-BA)
Deputado João Roma (REPUBLICANOS-BA)
Deputado José Guimarães (PT-CE)
Senador José Serra (PSDB-SP)
Deputado Júlio Delgado (PSB-MG)
Deputado Kim Kataguiri (DEM-SP)
Deputado Laercio Oliveira (PP-SE)
Deputado Lincoln Portela (PL-MG)
Deputado Pedro Paulo (DEM-RJ)
Deputada Luiza Erundina (PSOL-SP)
Senador Major Olímpio (PSL-SP)
Deputado Marcel Van Hattem (NOVO-RS)
Deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ)
Deputado Marcelo Ramos (PL-AM)
Deputado Marcos Pereira (REPUBLICANOS-SP)
Senador Marcos Rogério (DEM-RO)
Senador Omar Aziz (PSD-AM)
Deputado Orlando Silva (PCdoB-SP)
Senador Otto Alencar (PSD-BA)
Deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG)
Deputada Professora Dorinha Seabra Rezende  (DEM-TO)
Senador Paulo Paim (PT-RS)
Deputado Paulo Pereira da Silva (SOLIDARIEDADE-SP)
Deputado Paulo Pimenta (PT-RS)
Deputado Paulo Teixeira (PT-SP)
Deputado Diego Andrade (PSD-MG)
Deputado Luciano Bivar (PSL-PE)
Deputado Hugo Motta (REPUBLICANOS-PB)
Senador Alvoro Dias (PODEMOS-PR)
Senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP)
Senador Renan Calheiros (MDB-AL)
Deputado Renildo Calheiros (PCdoB-PE)
Deputado Ricardo Barros (PP-PR)
Senador Roberto Rocha (PSDB-MA)
Deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ)
Senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG)
Senador Rogério Carvalho (PT-SE)
Deputado Rubens Bueno (CIDADANIA-PR)
Deputado Samuel Moreira (PSDB-SP)
Senador Sérgio Petecão (PSD-AC)
Deputado Silvio Costa Filho (REPUBLICANOS-PE)
Senadora Simone Tebet (MDB-MS)
Deputada Tabata Amaral (PDT-SP)
Deputado Tadeu Alencar (PSB-PE)
Senador Tasso Jereissati (PSDB-CE)
Senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB)
Deputado Vitor Hugo (PSL-GO)
Deputado Fernando Coelho Filho (DEM-PE)
Deputado Wellington Roberto (PL-PB)
Senador Weverton (PDT-MA)
Deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC)
Deputado Wolney Queiroz (PDT-PE)

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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