França em chamas: novo incêndio atinge catedral de Nantes

Um incêndio atingiu a Catedral de São Pedro e São Paulo, em Nantes, na França. Felizmente, fogo foi rapidamente controlado e ninguém ficou ferido. O episódio se assemelha ao incêndio que destruiu parte da Catedral de Notre Dame, também na França, em abril do ano passado.

Mas os prejuízos históricos foram grandiosos: vitrais do século XVI e o órgão foram destruídos. Uma fumaça preta foi vista saindo entre as suas torres, mas não chegou a atingir o telhado da construção que tem estilo gótico. A igreja é devotada a são Pedro e São Paulo, e demorou 457 anos para ser construída, tendo começado suas obras em 1434, e terminado somente em 1891.

O padre François Renaud, que é o administrador diocesano, que chegou a entrar com os bombeiros na catedral depois do incêndio afirmou que a destruição não se assemelha à da Notre Dame de Paris, que foi consumida pelas chamas em abril de 2019, mas que a perda do órgão é “inestimável”.

O procurador da república em Nantes afirmou que foi aberta uma investigação sobre a suspeita de que o incêndio tenha sido criminoso, de acordo com o jornal “Le Monde”. Há ao redor do mundo, nos últimos anos, vários casos reportados de incêndios provocados em igrejas católicas, muitos deles motivados por perseguição religiosa, principalmente por parte de radicais islâmicos.

Essa não é a primeira vez que a catedral é atingida por um incêndio. Em 1972, o telhado da igreja, construída entre o século XV e XIX, ficou destruído. Os trabalhos de reparação duraram 13 anos.

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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