Goiás teve junho com mais queimadas desde 2011

Nesta sexta-feira, 17, o acúmulo de queimadas no estado durante o ano de 2020 foi de 1.091. Segundo o monitoramento de queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) foram apurados 314 focos e é 44% maior que o mesmo mês de 2019, 217 queimadas. 

A quantidade de queimadas em junho é a maior para o mês desde 2011 em Goiás. O balanço do sexto mês é uma alerta. Goiás está no meio do período de estiagem e deve asseverar com os avanços dos dias. As chuvas, que diminuiria o risco de mais fogos, estão previstas para segunda quinzena de outubro.

O norte e sudoeste goiano apresentam prevalência nos registros. Entre as quatro cidades com mais incêndios estão Mutunópolis, Cavalcante e Niquelândia, todas da região norte. As queimadas estão ligadas também ao desmatamento, Cavalcante e Niquelândia são respectivamente o primeiro e oitavo em registro de maior área de alertas de desmatamento neste ano com 13,5 km² e 4,82 km²,.

Na edição publicada na segunda-feira, 13, o  Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas do Estado de Goiás (Cimehgo), aponta em boletim o acréscimo de 45% nas queimadas em uma semana. Os levantamentos mostram que as unidades de conservação não foram afetadas por queimadas até o mês de julho.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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