Armamento civil tem aumento de 601% em dez anos

A facilitação do acesso às armas foi uma das promessas de governo, do então presidente Jair Bolsonaro. Devido a medidas que flexibilizam o acesso às armas de fogo pela população civil, aceleradas durante a atual presidência, aconteceu um aumento de 601%.

Os novos registros cresceram em 26 unidades do País, apenas o estado do Amazonas teve queda. O levantamento seguiu as três categorias feitas pela Polícia Federal (PF): cidadão comum, profissionais do setor público que tem direito e caçadores de subsistência, e moradores de áreas rurais que tem a caça como meio de sustento.

Existem 1,1 milhão de armas registradas no sistema da PF, dessas 550 mil são de cidadão. Os órgãos públicos, como a própria PF e policiais civis possuem 341 mil, o restante, 209 mil, é de empresas de segurança privada.As Forças armadas e a polícia militar possuem outro sistema de cadastro, a gestão do armamento é responsabilidade do exército. 

Em relação ao porte, direito de andar armado, o crescimento nos últimos dez anos foi de 227%. Ao todo foram 2.95 concessões em 2019 enquanto em 2009 foram 898. A facilitação do acesso foi uma das bandeiras levantadas por Jair Bolsonaro em sua campanha.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp