Adolescente absolvido fica internado por oito meses em Formosa

Após ter sido absolvido, um adolescente permaneceu internado por oito meses no Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Formosa, região do Entorno do Distrito Federal (DF). A soltura do adolescente ocorreu na última quinta-feira, 16, após a Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO) pedir a liberdade imediata do rapaz.

O garoto começou a cumprir medida socioeducativa em centros de internação de forma provisória no dia 7 de junho de 2019, condenado por ato infracional análogo ao crime de receptação. Entretanto, a decisão foi reavaliada e ele foi inocentado por falta de provas.

Mesmo após ter sido absolvido, o rapaz seguia internado de forma ilegal, já que houve falha de comunicação no processo da execução. O caso foi descoberto a partir de uma inspeção da Defensoria Pública no Case de Goiânia, onde o adolescente ficou internado por duas semanas.

Segundo o defensor público Emerson Fernandes Martins, não foi encontrada nenhuma decisão de internação em aberto, após verificações. Dessa maneira, a soltura do adolescente foi decretada e o processo foi arquivado.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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