Contas de apoiadores de Bolsonaro são suspensas do Twitter

Em decisão polêmica do STF, nesta sexta-feira, dia 24, o twitter suspendeu diversas contas de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. O Bloqueio temporário foi determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, como parte do contexto do inquérito das fake news – que apura possíveis notícias falsas produzidas contra autoridades.

A justificativa é a necessidade de “interromper discursos criminosos de ódio” e teria sido solicitada ainda em maio, mesmo período que aliados de Bolsonaro foram alvo de mandatos de busca e apreensão em suas residências.

Os influenciadores estão enter jornalistas, empresários e políticos e têm grande movimento e apoio do eleitorado do presidente nas redes sociais. Entre eles, Allan dos Santos, Sara Winter, Luciano Hang, roberto Jefferson (ex-deputado federal) e Bernardo Pires Küster (youtuber).

A Polícia Federal investiga se as publicações dessas contas são disseminadas por “robôs” para aumentar o engajamento, sendo um mecanismo financiado por empresários ‘de maneira velada’. Os acusados, há meses, criticam as atitudes “totalitárias” de Ministros da Suprema Corte do Brasil (STF), e os acusam de “legislar” ao invés de julgar. Também se dizem vítimas de censura nas redes e se riem dos supostos “robôs”. A Polícia Federal ainda não apresentou provas do inquérito.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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