Nesta segunda-feira, dia 27, a empresa de fármacos americana “Moderna” mostrou estar à frente do resto do mundo quando se trata do avanço de estudos para conter o novo Coronavírus. Desenvolvida em parceria com o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos, uma possível vacina de imunização contra o Covid entrou oficialmente em sua última fase de testes.
A vacina, que foi chamada de “mRNA-1273”, será testada em 89 centros de pesquisa clínica do país. Os centros escolhidos para a testagem serão aquelas regiões que apresentam maior disseminação da doença.
Os participantes, divididos em dois grupos, receberão duas doses da vacina, aplicados com intervalo de 28 dias, e o outro receberá duas doses de um placebo (sem o medicamento) na mesma data. Mas nem os cientistas e nem os participantes saberão qual grupo estará recebendo a vacina verdadeira, e quem estará recebendo o medicamento placebo. Assim, será possível distinguir se a nova descoberta realmente tem efeitos positivos no combate ao vírus, se prefine infecção ou ainda é capaz de reduzir os sintomas graves.
A Moderna produziu o imunizante num tempo recorde de 63 dias, sendo a primeira a começar os testes em humanos. A empresa apostou numa lógica nova: na base de RNA mensageiro, que em vez de carregar pedaços do vírus, como as vacinas tradicionais, usa pedaços do material genético do coronavírus para estimular o organismo a produzir anticorpos.
A primeira dose já foi aplicada em uma paciente em Savannah, no estado da Georgia. O mundo aguarda ansioso e atento. E torce.