Tik Tok: suspenso na Índia e nos Estados Unidos, aplicativo pode ser banido no Japão

Assim como os Estados Unidos e a Índia, o governo do Japão pode suspender o aplicativo “Tik Tok” do seu país. O principal argumento é de que esses aplicativos violam a privacidade dos cidadãos japoneses ao coletar seus dados e enviar informações para servidores localizados na China. O objetivo desses legisladores é limitar o uso desses aplicativos para garantir que dados pessoais não vazem de maneira inesperada.

Até o final de Setembro, uma proposta oficial deve ser escrita pelos legisladores e mandada para o governo. No mês passado, o Tik Tok foi um dos mais de cem aplicativos bloqueados pelo governo da Índia. Nos EUA, até o secretário de estado, Mike Pompeo, alertou para os riscos da nova “onda do momento”.

Cada vez mais de conhecimento do resto do mundo é o fato de que a China emprega toda a tecnologia possível no controle de sua população. Por exemplo, todos os seus 1,4 bilhões de habitantes tem os rostos reconhecidos por câmeras que vigiam o país num Big Brother sem fim de invasão de privacidade e violação dos direitos individuais dos cidadãos. Além, é claro, da crescente perseguição religiosa contra os cristãos.

O governo, uma ditadura do Partido Comunista Chinês (o maior do mundo, com cerca de 90 milhões de filiados), é reconhecido por usar, de todas as ferramentas possíveis, para aumentar seus domínios e áreas de influência. Nos dias atuais, a tecnologia é a nova estratégia. Tudo, para a China, está inserido no contexto de guerra. Basta ler “A arte da guerra”, do chinês Sun Tzu, para perceber que, nesse tema, eles dão aula.

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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