O Banco Mundial aprovou a indicação do economista e ex-Ministro da educação do governo brasileiro, Abraham Weintraub. Ele agora é diretor-executivo do conselho da instituição.
Desde que saiu do ministério rodeado de polêmicas e com risco de prisão, Weintraub está em Washington com a família e já esperava a confirmação do cargo desde que o Presidente Jair Bolsonaro o indicou à função. Weintraub é alvo de inquérito por suposto racismo, ao publicar em suas redes sociais uma paródia do cebolinha, personagem da Turma da Mônica que troca o “r” pelo “l”, falando de maneira que seria semelhante aos chineses. A publicação ainda culpava o país asiático pela pandemia do Coronavírus.
Outro inquérito que Abraham responde tem a ver com o Supremo Tribunal Federal. Em vídeo divulgado de uma reunião ministerial, o então encarregado da pasta da educação disse que, por ele, “botava esses vagabundos todos na cadeia, a começar pelo STF”.
Os demais integrantes do conselho (de outros países) aprovaram a entrada de Weintraub em Whashington. Em nota, o banco disse:
“O Banco Mundial confirma que o sr. Abraham Weintraub foi eleito pelo grupo de países (conhecido como constituency) representando Brasil, Colômbia, República Dominicana, Equador, Haiti, Panamá, Filipinas, Suriname e Trinidad e Tobago para ser Diretor Executivo no Conselho do Banco”, informou o banco.
“O sr. Weintraub deve assumir seu cargo na primeira semana de agosto e cumprirá o atual mandato que termina em 31 de outubro de 2020, quando a posição será novamente aberta para eleição. Diretores Executivos não são funcionários do Banco Mundial. Eles são nomeados ou eleitos pelos representantes dos nossos acionistas”, concluiu a instituição.