Estudante morre após se desequilibrar em quebra-molas sem sinalização e cair de bicicleta em ciclovia de Goiânia

Nesta quarta-feira, 29, por volta das 22h, na ciclovia da Rodovia dos Romeiros, perto da última passarela de pedestres e do terminal Padre Pelágio, a estudante de direito Larissa de Jesus Marinho do Egito, 21 anos, faleceu após desequilibrar em quebra mola sem sinalização e cair da bicicleta.

O amigo, Thiago Moura Vieira, 21 anos, que pedalava junto com a estudante presenciou o acidente e relata que não há iluminação na pista, uma descida que ciclistas costumam pedalar em alta velocidade. Segundo Thiago se tivesse iluminação e sinalização, Larissa teria diminuído a velocidade.

Segundo o irmão da vítima, Pedro Henrique Jesus Marinho do Egito, 22 anos, Larissa foi socorrida e levada para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu horas depois, durante a madrugada.

Em nota, a Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) informou que a via foi reformada recentemente e que a sinalização será executada quando for concluído o processo licitatório para contratação de uma empresa especializada.

A Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Seinfra) informou que fará uma vistoria no local para verificar o problemas de iluminação pública.

Nota da Goinfra

“A propósito da Rodovia dos Romeiros, a Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) informa que a via foi reformada recentemente e que a sinalização será executada em breve, tão logo seja concluído o processo licitatório para contratação de empresa especializada para execução dos serviços de sinalização vertical e horizontal.

A propósito da iluminação pública no perímetro urbano das rodovias estaduais, a Goinfra esclarece que a responsabilidade dos serviços é do município de abrangência, de acordo com o artigo 218 da Resolução Normativa da ANEEL nº 414/2010, fundamentado no Art. 30, V, da Constituição Federal, e no art. 24 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que determina a transferência do sistema de iluminação pública aos municípios”.

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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