Facebook não cumprirá decisão de Moraes de bloquear perfil de bolsonaristas

O Facebook decidiu não cumprir a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro determina o bloqueio de contas, na rede social, ligadas ao inquérito aberto para apurar fake news e ataques contra a corte.

A rede social, afirmou em nota, que vai recorrer a decisão. Segundo o Facebook, a empresa segue as leis do país onde atua, porém alega que, a lei brasileira reconhece limites à sua jurisdição e a legitimidade de outras jurisdições. 

O ministro Moraes, nesta quinta-feira, 30, determinou que o Twitter e Facebook bloqueiem, em escala global, as contas apontadas no processo. Nesse novo despacho, Moraes determinou que a decisão anterior, para que os perfis fossem suspensos em território nacional, fosse cumprida  integralmente, que o acesso fosse impedido globalmente.

Nos alvos de investigação que estiveram seus perfis suspensos esta o blogueiro Allan dos Santos, o ex-deputado Roberto Jefferson, o empresário Luciano Hang, e a ativista Sara Giromini. 

 

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Polícia desmantela esquema nacional de golpes bancários

Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagra a Operação Falsa Central, uma ação coordenada pelo Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes (Gref), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic). Foram cumpridos 95 mandados judiciais em todo o país — 58 de busca e apreensão e 37 de prisão —, além do bloqueio de 438 contas bancárias ligadas ao grupo.

A operação, nesta quinta-feira (21/11), que contou com apoio das polícias civis de São Paulo, Pernambuco, Pará, Piauí e Ceará, teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada no golpe da falsa central bancária. O esquema causou prejuízos de aproximadamente R$ 200 mil a 27 vítimas identificadas apenas em Goiás.

O delegado William Bretz, chefe do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (Deic), conta que a Operação terá desdobramentos.

“A partir da análise do número 0800 usado no golpe, os investigadores descobriram outras 449 linhas vinculadas ao grupo, sugerindo um esquema de alcance nacional. Embora a primeira fase da operação tenha focado nas vítimas goianas, há indícios de centenas de outras vítimas em diferentes estados, que serão o alvo das próximas etapas”, disse.

Os envolvidos responderão por crimes como fraude eletrônica, furto mediante fraude, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas combinadas podem chegar a 29 anos de prisão. As investigações continuam sob responsabilidade do Gref/Deic de Goiás.

Alerta à população:

A Polícia Civil orienta que a população desconfie de mensagens ou ligações suspeitas sobre compras não reconhecidas e que jamais realize transações ou forneça dados pessoais sem antes confirmar diretamente com seu banco.

Em casos suspeitos, a recomendação é registrar um boletim de ocorrência imediatamente.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp