Professora da UFG tem trabalho reconhecido internacionalmente

Cecilia Czepak, professora da Faculdade de Agronomia da Universidade Federal de Goiás (UFG) teve seu trabalho reconhecido a nível mundial. A docente é autora de projeto que investigou a praga Helicoverpa armigera.

O estudo, desenvolvido junto a outros pesquisadores, foi publicado na revista Pesquisa Agropecuária Tropical (PAT) e chamou a atenção do Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation (CSIRO).

O grupo australiano se uniu à iniciativa de Cecília Czepak para aprofundar a pesquisa e produziu um artigo publicado em março, na revista científica britânica Nature.

A principal linha de pesquisa se baseia em estudos do DNA mitocondrial e no cruzamento de dados sobre a comercialização de produtos agrícolas no Brasil. “Não foi fruto de bioterrorismo, mas sim do descuido na fiscalização dos produtos agrícolas importados pelo governo brasileiro”, afirma Cecilia Czepak.

A docente também ressaltou a importância da iniciativa para a biossegurança, pois detecta falhas importantes no sistema quarentenário brasileiro.

Levando em consideração a globalização e os riscos que uma praga como essa pode causar à agricultura, a Helicoverpa armigera tornou-se uma preocupação mundial. A pesquisa recebeu apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg) para coleta das amostras.

O material foi enviado para pesquisadores da França, Índia e de outros locais do Brasil, depois de autorização do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

*Com informações do Adufg

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Cobertura de nuvens da Terra diminui, intensificando o aquecimento global

Pesquisas da NASA revelam que a Terra vem recebendo mais energia solar do que é capaz de refletir de volta ao espaço, desequilíbrio que agrava o aquecimento global. Embora o fenômeno tenha sido associado principalmente às emissões de gases de efeito estufa, à redução do gelo polar e à diminuição de partículas na atmosfera que refletem a luz solar, cientistas acreditam que esses fatores não explicam completamente o problema.

Recentemente, o climatologista George Tselioudis, do Instituto Goddard de Estudos Espaciais da NASA, identificou um fator adicional: a redução da cobertura de nuvens reflexivas ao redor do mundo. Nos últimos 10 anos, essas nuvens diminuíram de maneira perceptível, ainda que em um grau relativamente pequeno, permitindo a entrada de mais luz solar e intensificando o aquecimento global. Em entrevista à revista Science, Tselioudis destacou: “Estou confiante de que esta é a peça que faltava.”

A equipe analisou duas regiões principais de formação de nuvens na atmosfera terrestre: o cinturão equatorial, onde os ventos alísios convergem, e as latitudes médias, onde correntes de jato geram sistemas de tempestades. Dados iniciais, baseados em 35 anos de imagens de satélites meteorológicos diversos, apontaram que as nuvens equatoriais estão encolhendo e que as trilhas de tempestades em latitudes médias estão se deslocando em direção aos polos, reduzindo sua área de influência. Contudo, inconsistências entre os satélites limitaram a precisão das conclusões.

Para eliminar essas incertezas, o novo estudo utilizou exclusivamente dados do satélite Terra, que monitora o planeta há 25 anos. A análise confirmou uma redução na cobertura de nuvens de aproximadamente 1,5% por década. Cerca de 80% dessas mudanças decorrem do encolhimento das nuvens, em vez de alterações em sua capacidade de refletir a luz solar.

Agora, o desafio dos pesquisadores é compreender as causas desse encolhimento. Caso esteja relacionado às mudanças climáticas, o fenômeno pode representar um agravante significativo para o cenário ambiental global, acendendo um novo alerta na comunidade científica.

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